Contribuições do projeto Atlas Linguístico do Brasil para a metodologia de pesquisa geolingüística: o papel do inquiridor
DOI:
https://doi.org/10.5433/2237-4876.2018v21n1p106Palavras-chave:
Metodologia, Entrevistas, Projeto Atlas Linguístico do Brasil.Resumo
Os procedimentos metodológicos utilizados no Projeto Atlas Linguístico do Brasil (ALiB) se afastam dos procedimentos tradicionalmente utilizados na recolha de dados dialetais pela ampliação dos tipos de questionários – fonético-fonológico, semântico-lexical e morfossintático – e inclusão de questões de prosódia, de pragmática e de natureza metalinguística, de temas para discurso semidirigido e de um texto para leitura. Assim, o Projeto objetiva trazer para a análise uma maior soma de dados, contemplando aspectos pouco estudados da realidade brasileira, como a variação prosódica, a pragmática, a diafásica e a diarreferencial. Nesse sentido, este trabalho apresenta aspectos relacionados aos procedimentos metodológicos nos inquéritos do Projeto ALiB. Nessa linha de raciocínio, o papel do inquiridor durante a realização das entrevistas, que se configuram como experiências únicas as quais ultrapassam muito a simples efetivação do inquérito, será posto em evidência, verificando as estratégias usadas para conseguir o dado desejado e resolver as dificuldades do entrevistador em obter determinadas respostas no momento da aplicação do questionário linguístico.
Downloads
Referências
BENKE, V. C. Tabus linguísticos nas capitais do Brasil: um estudo baseado em dados geossociolinguísticos. 2012. Dissertação (Mestrado em Estudos da Linguagem) – Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campo Grande.
BRASIL. Decreto n. 30.643, de 20 de março de 1952. Institui o Centro de Pesquisas da Casa de Rui Barbosa e dispõe sobre seu funcionamento. Diário Oficial da União, Rio de Janeiro, DF, 22 mar. 1952. Seção 1, p. 4665.
CARDOSO, S. A. M. Dialectologia e ensino-aprendizagem da língua materna. In: MOTA, J. A.; CARDOSO, S. A. M. (Org.). Documentos 2: Projeto Atlas Lingüístico do Brasil. Salvador: Quarteto, 2006. p. 97-107.
CARDOSO, S. A. M. et al. Atlas Linguístico do Brasil. Cartas linguísticas 1. Londrina: Eduel, 2014b. v. 2.
CHAMBERS, J. K.; TRUDGILL, P. La Dialectología. Tradução de Carmen Morán González. Madrid: Visor Libros, 1994 [1980].
COMITÊ NACIONAL DO PROJETO ALIB. Atlas Lingüístico do Brasil: questionários 2001. Londrina: Ed. UEL, 2001.
LABOV, W. Sociolinguistic patterns. Philadelphia: University of Pennsylvania Press, 1972.
LINDLEY CINTRA, L. F. Estudos de dialectologia portuguesa. Lisboa: Sá Costa, 1983. MOTA, J. A. Reflexões sobre a arte de fazer inquéritos lingüísticos. In: MOTA, J. A.; CARDOSO, S. A. M. (Org.). Documentos 2: Projeto Atlas Lingüístico do Brasil. Salvador: Quarteto, 2006. p. 239-259.
MOTA, J. A.; CARDOSO, S. A. M. Para uma nova divisão dos estudos dialetais brasileiros. In: MOTA, J. A.; CARDOSO, S. A. M. (Org.). Documentos 2: Projeto Atlas Lingüístico do Brasil. Salvador: Quarteto, 2006. p. 15-26.
PROJETO Atlas Linguístico do Brasil. Disponível em: https://alib.ufba.br/.
ZÁGARI, M. R. L. Os falares mineiros: esboço de um Atlas Lingüístico de Minas Gerais. In: AGUILERA, V. de A. (Org.). A Geolingüística no Brasil: caminhos e perspectivas. Londrina: Ed. UEL, 1998. p. 31-77.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Signum: Estudos da linguagem, publica seus artigos licenciados sob a Licença Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional. Esta licença permite que terceiros façam download e compartilhem os trabalhos em qualquer meio ou formato, desde que atribuam o devido crédito de autoria, mas sem que possam alterá-los de nenhuma forma ou utilizá-los para fins comerciais. Se você remixar, transformar ou desenvolver o material, não poderá distribuir o material modificado.