Gramática e identidade (greco-)romana: o caso do “prefácio” de prisciano às institutiones grammaticae (séc. VI d.C)

Autores

  • Fábio da Silva Fortes Faculdade de Letras - Universidade Federal de Juiz de Fora

DOI:

https://doi.org/10.5433/2237-4876.2015v18n2p213

Palavras-chave:

Gramática latina, Identidade greco-romana, Discurso gramatical.

Resumo

A epístola de Prisciano a Juliano, que prefacia as edições modernas das Institutiones grammaticae (séc. VI d.C.), oferece interessantes aspectos do projeto discursivo desenvolvido pelo gramático latino em seu tratado gramatical. Entre eles, destaca-se o fato de o gramático evocar os autores gregos – e não os latinos – como os modelos que se pretende seguir. Embora a obra de Prisciano seja uma gramática cuja língua a ser descrita fosse o latim – e não o grego – entre os autores de tratados gramaticais citados, estão, por exemplo, os autores gregos Apolônio Díscolo (séc. II d.C.) e Herodiano (séc. III d.C.), enquanto não havia menção específica a qualquer autor latino – nem mesmo aos consagrados Varrão (séc. I a.C.) e Donato (séc. IV d.C.). Neste artigo, apresentamos uma avaliação dessa epístola, considerando, por um lado, sua relação com as Institutiones grammaticae em seu contexto de produção e destacando, por outro, o papel da memória discursiva e da imitatio como importantes elementos na elaboração de um discurso de afirmação de uma identidade cultural greco-romana, que se realiza, tanto pela retomada dos aspectos técnicos da gramática grega de Apolônio Díscolo, quanto pela releitura crítica desse legado, diante da tradição latina.

 

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Biografia do Autor

Fábio da Silva Fortes, Faculdade de Letras - Universidade Federal de Juiz de Fora

Professor Adjunto de Latim e Grego Clássico do Departamento de Letras da Universidade Federal de Juiz de Fora

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Publicado

2015-12-10

Como Citar

FORTES, Fábio da Silva. Gramática e identidade (greco-)romana: o caso do “prefácio” de prisciano às institutiones grammaticae (séc. VI d.C). Signum: Estudos da Linguagem, [S. l.], v. 18, n. 2, p. 213–233, 2015. DOI: 10.5433/2237-4876.2015v18n2p213. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/signum/article/view/17795. Acesso em: 26 dez. 2024.