Relativização na língua Kaingang
DOI:
https://doi.org/10.5433/2237-4876.2013v16n2p293Palavras-chave:
Kaingang. Orações relativas. DescriçãoResumo
O presente trabalho volta-se à descrição e análise das orações relativas da língua kaingang, que pertence à família linguística Jê, do tronco Macro-Jê. A fundamentação teórica adotada para investigar as orações relativas nessa língua tem como base autores que abordam essas orações sob a perspectiva funcional, tais como Andrews (2007), Givón (1979), Keenan (1985), Keenan e Comrie (1997) e Payne (1997). Segundo esses autores, a oração relativa é uma oração subordinada que funciona como modificadora do núcleo de um sintagma nominal. A análise e descrição das orações relativas têm como objetivo constatar como se manifestam essas orações em relação aos parâmetros que permitem distinguir as orações relativas nas línguas. O corpus constitui-se de dados coletados com informantes indígenas da Terra Indígena Apucaraninha, localizada no município de Tamarana- PR. A análise aponta que a língua kaingang não apresenta uma relativização formal, ou seja, com o emprego de algum relativizador, sendo que a subordinação da oração relativa à oração principal se dá em termos semânticos. Embora não ocorram marcas gramaticais no sintagma nominal relativizado, a oração relativa cumpre seu papel de modificadora, atendendo aos propósitos comunicativos.
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