Escutas na imagem e realce do grotesco pelo sublime em Laranja Mecânica
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-0383.2013v34n1p87Palavras-chave:
Estética, Semiótica, Audiovisual, ComunicaçãoResumo
Este artigo analisa o resultado estético da relação entre os elementos imagéticos e sonoros do filme Laranja Mecânica, de Stanley Kubrick. A fundamentação teórica provém dos conceitos das categorias estéticas tratadas por Sánches Vázquez, do conceito de feio de Umberto Eco, das categorias de sons e dos modos de escuta contemplados na Teoria Cinematográfica de Produção Sonora (Film Sound) proposta por Michel Chion, e das formulações da estética à luz da semiótica de C. S. Peirce. Conclui-se que o código sonoro contribui para realçar a ambiguidade presente na maior parte do filme, sobretudo nos momentos de aplicação da violência de estado e de sistema. Analisando algumas cenas segundo as escutas reduzida, causal, e semântica, pode-se afirmar que a música, ao agregar à cena elementos estéticos contrastantes aos imagéticos, produz uma sensação de realce do grotesco pela mistura de prazer e horror e, por vezes, pela presença do cômico.
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