RPG e o ensino de Ciência Política: o potencial de sua aplicação em sala de aula

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5433/1679-0383.2024v45n2p285

Palavras-chave:

Ensino, Ciência Política, Jogos, Gameficação, RPG

Resumo

Este artigo pretende apresentar as potencialidades do RPG (Role-Playing Game) nas atividades de ensino, com foco na área de Ciência Política. Criado como um jogo de tabuleiro na década de 1970, o RPG rapidamente ganhou popularidade e variações como jogos eletrônicos (para computadores e video games) e encenações cênicas. O RPG consiste em um jogo em que os jogadores assumem o papel de um personagem que deve interagir com os elementos – personagens, objetos, cenários – de um mundo fictício a fim de resolver problemas, missões e completar o objetivo da história. A partir da revisão da literatura sobre RPG, argumento que seu uso no ambiente educacional permite que os alunos desenvolvam seu senso crítico, sua capacidade de comunicação, de leitura e socialização, além de aumentar o interesse dos estudantes nos temas trabalhados, pois o jogo trabalha com um mundo artificial que pode ser moldado conforme o conteúdo a ser ministrado, e os jogadores devem representar papéis diferentes de suas realidades, o que possibilita a imersão no jogo e, consequente, o crescimento do interesse nos temas trabalhados.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Métricas

Carregando Métricas ...

Biografia do Autor

Rodrigo Mayer, Universidade Estadual de Londrina - UEL

Doutor em Ciência Política pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil. Professor de Ciência Política do Departamento de Ciências Sociais da Universidade Estadual de Londrina (UEL), Londrina, Paraná.

Referências

ASSIS, E. Balões de pensamento: textos para pensar quadrinhos. São José do Rio Preto: Balão Editorial, 2020.

BACICH, L. Ensino híbrido: personalização e tecnologia na educação. Porto Alegre: Bookman Editora, 2015.

BARTLHE, R. From MUDs to MMORPGs: the history of virtual worlds. In: HUNSINGER, J.; KLASTRUP, L.; ALLEN, M. (ed.). International handbook of internet research. New York: Springer, 2010. p. 23-39.

BERGER, P. Perspectivas sociológicas, uma visão humanística. 29. ed. Petrópolis: Vozes, 2007.

CASSAR, R. Gramsci and games. Games and Culture, Thousand Oaks, v. 8, n. 5, p. 330-353, 2013. Disponível em: https://journals.sagepub.com/doi/pdf/10.1177/1555412013493499?casa_token=o_rU7RvEdxYAAAAA:jmySASKtIq27_7QFOPvLFax9wZRQXFbhpBhK-QIHNYaYqsaSq0wDC0GhWX8y_10_32q9N6VloHF-QQ. Acesso em: 2 maio 2024.

CRUZ-MARTÍNEZ, G.; SOTO, O.; BELÉN BENITO, A. Learning about political systems while playing: testing short-term knowledge retention through a role-play classroom games. Revista Española de Ciencia Política, [Madrid], n. 60, p. 53-83, 2022. Disponível: https://recyt.fecyt.es/index.php/recp/article/view/94099. Acesso em: 3 maio 2024.

DETERDING, S.; ZAGAL, J. The many faces of role-playing game studies. In: ZAGAL, J.; DETER-DING, S. (ed.). Role-playing game studies. London: Routledge, 2018. p. 1-16.

HITCHENS, M.; DRACHEN, A. The many faces of role-playing games. International Journal of Role-Playing Games, Uppsala, n. 1, p. 3-21, 2008. Disponível em: https://journals.uu.se/IJRP/article/view/185. Acesso em: 2 maio 2024.

HUANG, V.; LIU, T. Gamifying contentious politics: gaming capital and playful resistance. Game and Culture, Thousand Oaks, v. 17, n. 1, p. 26-46, 2022. Disponível em: https://journals.sagepub.com/doi/full/10.1177/15554120211014143. Acesso em: 3 maio 2024.

INOCENTE, L.; TOMMASINI, A.; CASTAMAN, A. S. Metodologias ativas na educação profissional e tecnológica. Revista Educacional Interdisciplinar, Taquara, v. 7, n. 1, p. 1-11, 2018. Disponível em: http://seer.faccat.br/index.php/redin/article/view/1082. Acesso em: 13 maio 2024.

MACKAY, D. The fantasy role-playing game: a new performance art. Jefferson NC: MacFarland & Company, 2001.

McKERNAN, B. Digital texts and moral questions about immigration: Papers, Please and the capacity for a video game to stimulate sociopolitical discussion. Games and Culture, Thousand Oaks, v. 16, n. 4, p. 383-406, 2019. Disponível em: https://jour-nals.sagepub.com/doi/full/10.1177/1555412019893882?casa_token=AAAly5TSgP8AAAAA%3Ay-5iGJJ6CWdJwVk9FEvQPDTF3Fn1mEOlgXBjjGCmNvCOatV1a8rDN18UpgjKJxE31nFqbN_LHZQnJCA. Acesso em: 26 maio 2024.

POHJOLA, M. The manifesto of the turku school. In: GADE, M.; THORUP, I.; SANDER, M (ed.). As larp grow up. Fredriskberg: Projektgruppen, 2003. p. 32-33.

QIAN, M.; CLARK, K. R. Game-based learning and 21st century skills: a review of recent research. Computers in Human Behavior, [s. l.], v. 63, p. 50-58, 2016.

RUMORE, D.; SCHENK, T.; SUSSKIND, L. Role-play simulations for climate change adaptation education and engagement. Nature Climate Change, London, v. 6, p. 745-750, 2016. Disponível em: https://www.nature.com/articles/nclimate3084. Acesso em: 14 maio 2024.

SALEN, K.; ZIMMERMAN. E. Rule of play: game design fundamentals. Cambridge: The MIT Press, 2004.

SCHMOLL, P. Communautés de joueurs et “mondes persistants”. MédiaMorphoses, [Paris], n. 22, p. 69-75, 2008. Disponível em: https://shs.hal.science/halshs-02057748/document. Acesso em: 18 maio 2024.

SHAW, A. Putting the gay in games: cultural production and GLBT content in video games. Games and Culture, Thousand Oaks, v. 4, n. 3, p. 228-253, 2009. Disponível em: https://journals.sage-pub.com/doi/abs/10.1177/1555412009339729?casa_token=VbSBbAAC_MkAAAAA:UZQjEGjj-vDv0LhSeUQNWSYjlBNJNzD2WSixtAFJnby5sh0zmW5IMPpHsds5mlbAVH95WGO9wH-eN4w. Acesso em: 19 maio 2024.

STOKES, B.; WILLIAMS, D. Gamers who protest: small-group play and social resources for civic action. Games and Culture, Thousand Oaks, v. 13, n. 4, p. 327-348, 2018. Disponível em: https://journals.sagepub.com/doi/full/10.1177/1555412015615770?casa_token=SxLPSRLcd7QAAAAA%3ALQP5OfVCwakQ3LcVftZ6BmzqlqAmUkbxhuzR_JWaE57KqCdORZ0iCeZYesujK4JRFhhHl8ORpjM7Ow. Acesso em: 21 maio 2024.

WALTHER, B. K. Playing and gaming: reflections and classifications. Game Studies, [s. l.], v. 3, n. 1, p. 1-12, 2003. Disponível: https://www.gamestudies.org/0301/walther/. Acesso em: 21 maio 2024.

WINARDY, G. C. B.; SEPTINA, E. Role, play, and games: comparison between role-playing games and role-play in education. Social Sciences & Humani-ties Open, [London], v. 8, p. 1-10, 2023. Disponível em: https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S2590291123001328. Acesso em: 16 maio 2024.

WOOD, L.; REINERS, T. Gamification. In: KHOSROW-POUR, M. (ed.). Encyclopedia of informa-tion science and technology. 3. ed. Hershey: Information Science Reference, 2015. p. 3039-3047.

ZAGAL, J.; DETERDING, S. Definitions of “role-playing games”. In: ZAGAL, J.; DETERDING, S. (ed.). Role-playing game studies: transmedia foundations. New York: Routledge, 2018. p. 19-51.

Downloads

Publicado

31.12.2024

Como Citar

MAYER, Rodrigo. RPG e o ensino de Ciência Política: o potencial de sua aplicação em sala de aula. Semina: Ciências Sociais e Humanas, [S. l.], v. 45, n. 2, p. 285–294, 2024. DOI: 10.5433/1679-0383.2024v45n2p285. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/seminasoc/article/view/50788. Acesso em: 21 jun. 2025.