Autoetnografia feminista negra dialogada: referência de epistemologias possíveis

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5433/1679-0383.2022v43n2p175

Palavras-chave:

Autoetnografia, Feminismo negro, Epistemologias, Antirracismo

Resumo

Este artigo trata-se de um exercício teórico em diálogo com diversos(as) autores(as) de diferentes áreas do conhecimento que tecem a autoetnografia enquanto proposta teórica e metodológica de pesquisa. Desta forma, temos nos valido da autoetnografia como proposta teórica, metodológica e analítica para falarmos de racismo, sexismo e diversas outras formas de opressão, sofridas por pessoas negras, sobretudo no âmbito da Educação. Apresentamos o recorte autoetnográfico discutido por nós: mulheres negras, professoras e doutoras atuando em universidades públicas federais. Neste sentido, elencamos temas/problemáticas em torno do nosso campo teórico de investigação e ação, situados em uma perspectiva interseccional feminista negra dialogada. Nosso objetivo é então propiciar uma maior aproximação deste tema a uma plateia brasileira, acadêmica ou não, que deseje alcançar o atual estado das reflexões sobre esta metodologia. Estamos seguras de que este trabalho não esgota ainda as visitas que estamos fazendo a vários(as) autores(as) que se dedicam ao tema. Esta é, portanto, uma discussão que não pode ser denominada de exaustiva e definitiva sobre autoetnografia em português. É um princípio de diálogo que, auguramos, possa vir a ser complementado por nós e outras(os) pesquisadoras(res).

Métricas

Carregando Métricas ...

Biografia do Autor

Joselina da Silva, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

Pós-doutora pela Pontificia Universidad Católica del Perú (PUCP), Lima, Peru. Doutora em Ciências Sociais pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Rio de Janeiro, Brasil. Professora da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Rio de Janeiro.

Maria Simone Euclides, Universidade Federal de Viçosa

Doutora em Educação pela Universidade Federal do Ceará (UFC), Ceará, Brasil. Professora da Universidade Federal de Viçosa (UFV), Minas Gerais.

Referências

BLANCO, Mercedes ¿Autobiografía o autoetnografía? Desacatos, México, n. 38, p. 169-178, abr. 2012. Disponível em: http://www.scielo.org.mx/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1607-050X2012000100012&lng=es&nrm=iso. Acesso em: 14 jun. 2021.

BROWN-VINCENT, Layla. D. Seeing it for wearing it: autoethnography as black feminist methodology. Taboo: The Journal of Culture, Nevada, v. 18, n. 1, p. 109-125, 2019. Disponível em: https://digitalcommons.lsu.edu/cgi/viewcontent.cgi?article=1212&context=taboo. Acessado em: 10 de abril de 2021 DOI: https://doi.org/10.31390/taboo.18.1.08

COLLINS, Patricia Hill. Aprendendo com a outsider within: a significação sociológica do pensamento feminista negro. Revista Sociedade e Estado, Brasília, v. 31, n. 1, jan./abr. 2016. Doi: http://dx.doi.org/10.1590/S0102-69922016000100006 DOI: https://doi.org/10.1590/S0102-69922016000100006

DOUGLAS, Kitrina; CARLESS, David. A history of autoethnographic inquiry. In: JONES, Stacy Holman; ADAMS, Tony E.; ELLIS, Carolyn. Handbook of Autoethnography. Abingdon: Routledge, 2013. Chap. 2 Disponível em: https://www.routledgehandbooks.com/pdf/doi/10.4324/9781315427812.ch2. Acesso em: 5 de abril de 2021.

EUCLIDES, Maria Simone; SILVA, Joselina da. De estudantes a professoras universitárias: docentes negras construindo práticas de enfrentamento ao racismo. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE PESQUISADORES NEGROS, 2018, Uberlândia, MG. Anais [...]. Uberlãndia: Copene, 2018. Disponível em: https://www.copene2018.eventos.dype.com.br/resources/anais/8/1532898649_ARQUIVO_Textocopenefinal.pdf. Acesso em: 19 mar. 2021.

EUCLIDES, Maria Simone; SILVA, Joselina da. Dialogando autoetnografias negras: intersecções de vozes, saberes e práticas docentes. Práxis Educacional, Vitória da Conquista, v. 15, n. 32, p. 33-52, 2019. Doi: 10.22481/praxis.v15i32.5042.

GRIFFIN, Rachel. Alicia. I am an angry Black woman: black feminist autoethnography, voice, and resistance. Women's Studies in Communication, Abingdon, v. 35, n. 2, p. 138-157, 2012. Doi: https://doi.org/10.1080/07491409.2012.724524 DOI: https://doi.org/10.1080/07491409.2012.724524

MITRA, Rahul. Doing ethnography, being an ethnographer: The autoethnographic research process and I. Journal of Research Practice, [s.l.], v. 6, n. 1, p. 1-20, 2010.. Disponível em: https://eric.ed.gov/?id=EJ902233. Acesso em: 5 de abril de 2021.

REED-DANAHAY, Deborah. Auto/Ethnography: rewriting the self and the social. Oxford: Berg. 1997.

SALTERS, Jasmine. Touching Paranoia: A Black Feminist autoethnography on race, desire, and erotic massage. Theis (Ph.D in Communication) - University of Pennsylvania, Philadelphia, PA, USA, 2016. Disponível em: https://repository.upenn.edu/cgi/viewcontent.cgi?article=4349&context=edissertations. Acesso em: 19 mar. 2021.

SANTOS, Camila. Matzenauer dos; BIANCALANA, Gisele. Reis. Autoetnografia: um caminho metodológico para a pesquisa em artes performativas. Revista Aspas, São Paulo, v. 7, n. 2, p. 53-63, 2018. Doi: 10.11606/issn.2238-3999.v7i2p53-63. DOI: https://doi.org/10.11606/issn.2238-3999.v7i2p53-63

SANTOS, Silvio Matheus Alves. Experiências de desigualdades raciais e de gênero: narrativas sobre situações de trabalho em uma fast fashion. 2019. Tese (Doutorado em Sociologia) - Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2019. doi:10.11606/T.8.2019.tde-07112019-170454. DOI: https://doi.org/10.11606/T.8.2019.tde-07112019-170454

SANTOS, Silvio. Matheus. Alves. O método da autoetnografia na pesquisa sociológica: atores, perspectivas e desafios. Plural, São Paulo, v. 24, n. 1, p. 214-241, 2017. Doi: 10.11606/issn.2176-8099.pcso.2017.113972. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/plural/article/view/113972. Acesso em: 19 mar. 2021. DOI: https://doi.org/10.11606/issn.2176-8099.pcso.2017.113972

Downloads

Publicado

04.07.2023

Como Citar

SILVA, J. da; EUCLIDES, M. S. Autoetnografia feminista negra dialogada: referência de epistemologias possíveis. Semina: Ciências Sociais e Humanas, [S. l.], v. 43, n. 2, p. 175–186, 2023. DOI: 10.5433/1679-0383.2022v43n2p175. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/seminasoc/article/view/48160. Acesso em: 28 abr. 2024.

Edição

Seção

Dossiê