Obtenção de etanol a partir de resíduos de mandioca (manihot esculenta crantz)
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-0375.2022v43n1p85Palavras-chave:
Etanol, Fermentação alcoólica, Biomassa, BiocombustívelResumo
Tendo como objetivo acrescer conhecimento para a busca de novas possibilidades de biomassas alternativas às biomassas que já são adotadas pelas indústrias sucroenergéticas, este trabalho buscou analisar a possibilidade de utilizar cascas de mandioca que são resíduos da produção das fecularias para obtenção de etanol combustível. Foram realizados tratamentos de otimização de processo de hidrólises ácidas, tendo como variantes a concentração de ácido sulfúrico com 1%, 3% e 5% (m/v), a granulometria da peneira variando em 16, 24 e 32 mesh, tendo também diferentes tempos de autoclavagem variando de 10, 35 e 60 minutos com as cascas de mandioca (Manihot esculenta Crantz), com a finalidade de obtenção de um caldo com alto teor de açúcares fermentescíveis. Portanto foi possível verificar que a utilização das cascas de mandioca (resíduos da fecularia) como fontes de obtenção do etanol possuem propriedades promissoras utilizando a concentração de 5% de ácido sulfúrico, peneira de 32 mesh e autoclavando as amostras por um período de 22,5 minutos
Referências
BOLETIM da Produção de Petróleo e Gás Natural. Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, Rio de Janeiro, n. 112, dez. 2019.
BARCELOS, M. Políticas de Biocombustíves no Brasil: imagens e empreendedores no processo de definição da agenda do programa nacional do álcool – PROAlCOOL. Revista Latino-Americana de Relações Internacionais, Rio Grande do Sul, v. 3, n. 1 p. 12-26, jan./abr. 2021.
CABRAL, Á. S.; FERREIRA, J.; TRINCA, N. R. R.; GARCIA-CRUZ, C. H. Hidróliseda casca de mandioca (Manihot esculenta crantz) em diferentes tempos de tratamento e concentrações ácidas para a obtenção de açúcares fermentescíveis. Anais do fórum de iniciação científica do unifunec, Santa Fé do Sul, v. 6, n. 6, p. 1-4, 2015. Available from: https://seer.unifunec.edu.br/index.php/forum/article/view/2094. Acess: July 25, 2021.
CARVALHO. J. O. M.; CEREDA. M. P. Subprodutos da mandioca – composição dos resíduos sólidos. Rondônia: Embrapa, 2005.
CEREDA, M. P. Tuberosas e a produção de agroenergia. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE AGROBIOENERGIA; SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE BIOCOMBUSTÍVEIS, 2008, Uberlândia. Anais [...]. Uberlândia: CONBIEN, 2008. p. 1-9.
CHENDYNSKI, L. T.; CORDEIRO, T.; MESSIAS, G. B.; MANTOVANI, A. C. G.; SPACINO, K. R.; ZERAIK, M. L.; BORSATO, D. Evaluation and application of extracts of rosemary leaves, araçá pulp and peel of bacuri in the inhibition of the oxidation reaction of biodiesel. Fuel, [London], v. 261, p. 1-5, 2020.
DUBOIS, N.; Gilles, K. A.; HAMILTON, J. K.; REBERS B. A.; SMITH, F. Colorimetric method determination of sugars and substances. Analytical Chemistry, Washington, v. 28, n. 3, p. 350-356, 1956.
GOLDEMBERG, J. Atualidade e perspectiva no uso de biomassa para geração de energia. Revista Virtual Quimica, Niterói, v. 9, n. 1, p. 15-28, 2017. DOI:
http://dx.doi.org/10.21577/1984-6835.20170004.
GRÄF, W. M.; FRIEDEIN, J. F.; SENGER, C. C. D.; MARTINS, G. L.; ZIZEMER, V. A. S.; KOZLOSKI, G. V. Determinação do teor de amido em alimentos por hidrólise ácida. In: REUNIÃO ANUAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE ZOOTECNIA, 55.; CONGRESSO BRASILEIRO DE ZOOTECNIA, 28., 2018, Goiânia. Anais [...].Goiânia: PUC, 2018. p. 1-5. Available from: http://www.adaltech.com.br/anais/zootecnia2018/resumos/trab-1333.pdf. Acess: July 25, 2021.
HILL, T.; LEWICKI, P. Statistics: methods and applications: a comprehensive reference for science, industry, and data mining. Niterói: StatSoft, 2006.
JOGLEKAR, A. M.; MAY, A. T. Product excellence through design of experiments. Cereal Foods Word, [s. l.], v. 32, n. 12, p. 854-868, 1987.
LOUREIRO, A. C.; SOARES, J. V. S.; CHAAR, J. S.; HIDALGO, A. F.; SOUZA, L. S. S.; PEREIRA, A. M.; Avaliação do potencial dos resíduos (casca, entrecasca e pontas) do beneficiamento da mandioca (Manihot esculenta Crantz) para a produção de bioetanol utilizando hidrólise ácida. Brazilian Applied Science Review, Curitiba, v. 4, n. 2, p. 606-620, Mar./Apr., 2020.
MALDONADE, I. R.; CARVALHO, P. G. B. de; FERREIRA, N. A. Protocolo para determinação de açúcares totais em hortaliças pelo método de DNS. Brasília: Embrapa Agroindústria de Alimentos, 2013. (Comunicado técnico, n. 85).
MENEZES, T. J. B. Etanol o combustível do Brasil. São Paulo: Agronômica Ceres, 1980.
MARTINEZ, D. G. Produção do etanol de segunda geração a partir de resíduos do processamento da mandioca. 2016. Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal Oeste do Paraná, Cascavel, 2016.
NASCIMENTO, M. V. F.; VICENTE, J.; SILVA, F. O. M.; LÃ, O. R. Otimização da hidrólise ácida de amido por ultrassom e refluxo. Boletim do Centro de Pesquisa de Processamento de Alimentos, Curitiba, v. 34, n. 1, p. 37-44, 2016. Available from: https://revistas.ufpr.br/alimentos/article/view/48973/29446. Accessed: July 25, 2021.
NITSCH, M. O programa de biocombustíveis proalcool no contexto da estratégia energética brasileira. Brazilian Journal of Political Economy, São Paulo, v. 11, n. 2, 1991.
OLIVEIRA, P. S. M.; FERREIRA, V.; SOUZA, M. V. N. Utilização do d-manitol em síntese orgânica. Química Nova, São Paulo, v. 32, n. 2, p. 441-452, 2009. Available from: https://www.scielo.br/j/qn/a/tVSyPkT86BxvhG6bHTj6gHD/?lang=pt#. Acess: Feb. 9, 2022.
PACHECO, F. Energias renováveis: breves conceitos. Conjuntura de Planejamento, Salvador, n. 149, p. 4-11, Oct. 2006.
RIBEIRO, N.; GODINHO, A. M. M.; MARQUES, T. A. Produção de glicose a partir do amido da batata-doce por hidrólise ácida. In: ENCONTRO DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO, 2009, Presidente Prudente. Anais [...]. Presidente Prudente, Unoeste, 2009. p. 244-247.
ROCHA, T. S.; Demiate, I. M.; FRANCO, C. M. L. Características estruturais e físico-químicas de amidos de mandioquinha-salsa (Arracacia xanthorrhiza). Food Science and Technology, Campinas, v. 28, n. 3, p. 620-628, 2008. Available from: http://hdl.handle.net/11449/28129. Acess: Feb. 9, 2022.
SCHMIDELL, W.; LIMA, U. S.; AQUARIBE, E.; BORZANI, W. Biotecnologia industrial: engenharia bioquímica. São Paulo: Editora Edgard Blucher, 2001. v. 2.
SCHUTTE, G. R.; BARROS, P. S. A Geopolítica do etanol. IPEA: Boletim de Economia e Política Internacional, Brasília, n. 1, p. 33–43, Jan. 2010.
SILVA, I. B. Potencialidades energéticas provenientes dos resíduos da mandioca (Manihot Esculenta Crantz). 2019. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, 2019.
SILVA, M. E. da. Estudo de pré-tratamento e hidrólise ácida do bagaço do pedúnculo de caju para a produção de bioetanol hidratado de segunda geração. 2013. Tese (Doutorado em Engenharia Química) – Universidade Federal de Campina Grande, Campina Grande, 2013.
SILVA, R. N.; MONTEIRO, V. N.; ALCANFOR, J. D’A. X.; ASSIS, E. M.; ASQUIERI, E. R. Comparação de métodos para a determinação de açúcares redutores e totais em mel. Food Science and Technology, Campinas, v. 23, n. 3, p. 337-341, 2003. Available from: https://doi.org/10.1590/S0101- 20612003000300007. Acess: July 25, 2021.
STATISTICA SOFTWARE FOR WINDOWS: version 2018/13.4. Tulsa: [s. n.], 2018.
WOICIECHOWSKI, A. L.; NITSCHE, S.; PANDEY, A.; SOCCOL, C. R. Acid and enzymatic hydrolysis to recover reducing sugars from cassava bagasse: an economic study. Brazilian Archives of Biology and Technology, Curitiba, v. 45, n. 3, p. 393-400, 2002. Available from: https://doi.org/10.1590/S1516-89132002000300018. Access: July 25, 2021.
ZENATTI, D. C.; COSTA, A. A.; HERMES, E.; VILVERT, R. M.; DIAS, L. C. Quantificação de açúcares redutores em hidrolisado do bagaço da mandioca para uso na produção de metano. Revista Gestão & Sustentabilidade Ambiental, Palhoça, v. 4, p. 616-627, dez. 2015. Available from: https://www.portaldeperiodicos.unisul.br/index.php/gestao_ambiental/article/view/3399/2435. Acess: Feb. 12, 2022.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Os Direitos Autorais para artigos publicados nesta revista são de direito do autor. Em virtude de aparecerem nesta revista de acesso público, os artigos são de uso gratuito, com atribuições próprias, em aplicações educacionais e não-comerciais. A revista se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua e a credibilidade do veículo. Respeitará, no entanto, o estilo de escrever dos autores. Alterações, correções ou sugestões de ordem conceitual serão encaminhadas aos autores, quando necessário. Nesses casos, os artigos, depois de adequados, deverão ser submetidos a nova apreciação. As opiniões emitidas pelos autores dos artigos são de sua exclusiva responsabilidade.
Esta obra está licenciada com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional.
