Reação de espécies vegetais a Meloidogyne enterolobii e eficiência de seus extratos aquosos no controle do patógeno

Autores

  • Maciel dos Santos Freire Universidade Federal do Ceará
  • Carmem Dolores Gonzaga Santos Universidade Federal do Ceará

DOI:

https://doi.org/10.5433/1679-0359.2018v39n6p2385

Palavras-chave:

Controle alternativo, Extratos vegetais, Nematoide das galhas, Suscetibilidade.

Resumo

O gênero Meloidogyne contempla as espécies de nematoides que mais comumente afetam as culturas em todo o mundo. A espécie M. enterolobii tem se destacado por afetar e provocar sérias perdas na produção de goiabeiras e diversas outras culturas de importância econômica no Brasil. O objetivo deste trabalho foi avaliar a suscetibilidade de 10 espécies vegetais quanto ao parasitismo pelo M. enterolobii e o efeito in vitro e in vivo de seus extratos foliares sobre o patógeno. Inicialmente mudas das plantas Solenostemon scutellarioides, Dieffenbachia amoena, Spigelia anthelmia, Plumbago scandens, Ricinus communis, Chenopodium ambrosioides, Azadirachta indica, Morinda citrifolia, Jatropha curcas e Datura stramonium foram inoculadas com 5.000 ovos de M. enterolobii para avaliação da sua suscetibilidade quanto à infecção pelo nematoide. No ensaio in vitro, os extratos foliares na concentração de 5% foram adicionados a placas de Petri, pondo-se em cada placa 50 J2 de M. enterolobii. Após 48 horas de incubação, os juvenis foram avaliados quanto à motilidade e mortalidade nos extratos. Para o ensaio in vivo, foram também utilizados extratos na concentração final de 5%, contudo, de apenas sete das espécies, as mais promissoras in vitro. O ensaio in vivo envolveu a seguinte sequência: inoculação de 5.000 ovos em solo autoclavado e umedecido, aplicação de 30 ml de extrato ao solo 24 horas depois; transplantio das mudas de tomateiro ‘Santa Clara’ no dia seguinte; repetição da aplicação do extrato/vaso após 7 e 14 dias. Os resultados foram avaliados 45 dias contados a partir da inoculação do nematoide. Observaram-se que as espécies D. amoena, R. communis, A. indica, M. citrifolia, J. curcas e D. stramonium comportaram-se como altamente resistentes. Spigelia anthelmia, P. scandens, e C. ambrosioides foram muito resistentes, enquanto que S. scutelarioides foi suscetível ao nematoide. No teste in vitro, extratos de sete das 10 espécies provocaram a mortalidade dos J2 variando de 70,4 a 97,4%. A aplicação desses extratos foliares ao solo, foi eficiente para reduzir a infestação de M. enterolobii em raízes de tomateiro.

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Biografia do Autor

Maciel dos Santos Freire, Universidade Federal do Ceará

Discente, Curso de Mestrado, Programa de Pós-Graduação em Agronomia, Fitotecnia, Universidade Federal do Ceará, UFC, Fortaleza, CE, Brasil.

Carmem Dolores Gonzaga Santos, Universidade Federal do Ceará

Profª Drª, Departamento de Fitotecnia, Fitossanidade, CCA, UFC, Fortaleza, CE, Brasil.

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Publicado

2018-11-30

Como Citar

Freire, M. dos S., & Santos, C. D. G. (2018). Reação de espécies vegetais a Meloidogyne enterolobii e eficiência de seus extratos aquosos no controle do patógeno. Semina: Ciências Agrárias, 39(6), 2385–2398. https://doi.org/10.5433/1679-0359.2018v39n6p2385

Edição

Seção

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