Ocorrência de anticorpos anti Sarcocytis spp., anti Toxoplasma gondii e anti Neospora spp. em equinos da região Oeste de Santa Catarina

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5433/1679-0359.2021v42n3Supl1p1663

Palavras-chave:

Neosporose, Toxoplasmose, EPM, Doenças reprodutivas.

Resumo

A criação de equinos geralmente está articulada como atividade secundária nas propriedades, nas quais os animais são utilizados para lazer ou trabalho. Dessa forma é importante considerar a sanidade desses animais, buscando entender quais os principais agentes que circulam em determinada propriedade ou região. Com isso, o presente trabalho teve por objetivo avaliar a presença de anticorpos IgG anti- Sarcocystis spp., anti-Toxoplasma gondii e anti-Neospora spp. em equinos na região Oeste de Santa Catarina. Foram analisadas 100 amostras de soro de equinos de 10 propriedades, localizadas nos municípios de Faxinal dos Guedes, Xaxim e Xanxerê, no período de junho a dezembro de 2019. As amostras foram avaliadas por Reação de Imunofluorescência Indireta (RIFI) para detecção de anticorpos da classe IgG contra os três agentes. Os resultados obtidos demonstram que os equinos da região apresentam soropositividade contra os três agentes estudados, sendo 11%, para Sarcocystis spp. 21%, para T. gondii e 20 %, para Neospora spp. Na análise da presença destes protozoários em diferentes ambientes, observou-se que tanto equinos estabulados ou criados de forma extensiva ambos apresentaram já terem entrado em contato com os agentes pesquisados. Animais que vivem apenas estabulados, apresentaram maior ocorrência de anticorpos IgG anti – Sarcocystis (7/32; 21,88%) e anti-T. gondii (34.38%-11/32). Quando avaliados os animais criados a pasto, de forma semi-extensiva e extensiva, houve um percentual maior de soropositividade para N. caninum (26.47% -9/34). A alta ocorrência de animais soropositivos aos protozoários estudados reforça a importância com o controle e prevenção desses agentes na região, uma vez que estes têm potencial para causar grande impacto na equideocultura, envolvendo principalmente as perdas reprodutivas, além da mieloencefalite protozoária equina (EPM).

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Biografia do Autor

Alana Birck Ribeiro, Universidade do Oeste de Santa Catarina

Discente do Curso de Graduação em Medicina Veterinária, Universidade do Oeste de Santa Catarina, UNOESC, Xanxerê, SC, Brasil.

Maysa Bigolin Chitolina, Universidade do Oeste de Santa Catarina

Discente do Curso de Graduação em Medicina Veterinária, UNOESC, Xanxerê, SC, Brasil.

Andressa Carminatti, Universidade do Oeste de Santa Catarina

Discente, Programa de Mestrado em Saúde e Produção Animal, UNOESC, Xanxerê, SC, Brasil.

Fagner D'ambroso Fernandes, Universidade Federal de Santa Maria

Discente do Programa de Mestrado em Medicina Veterinária, Laboratório de Doenças Parasitárias, Departamento de Medicina Veterinária Preventiva, Universidade Federal de Santa Maria, UFSM, Santa Maria, RS, Brasil.

Patricia Bräunig, Universidade Federal de Santa Maria

Farmacêutica e Pesquisadora, Laboratório de Doenças Parasitárias, Departamento de Medicina Veterinária Preventiva, UFSM, Santa Maria, RS, Brasil.

Fernanda Silveira Flores Vogel, Universidade Federal de Santa Maria

Profa e Pesquisadora, Programa de Medicina Veterinária, Laboratório de Doenças Parasitárias, Departamento de Medicina Veterinária Preventiva, UFSM, Santa Maria, RS, Brasil.

Alan Miranda Prestes, Universidade do Oeste de Santa Catarina

Profa e Pesquisadora, Programa de Mestrado em Saúde e Produção Animal, UNOESC, Xanxerê, SC, Brasil.

Silvana Giacomini Collet, Universidade do Oeste do Santa Catarina

Profa e Pesquisadora, Programa de Mestrado em Saúde e Produção Animal, UNOESC, Xanxerê, SC, Brasil.

Giovana Camillo, Universidade do oeste de Santa Catarina

Profa e Pesquisadora, Programa de Mestrado em Saúde e Produção Animal, UNOESC, Xanxerê, SC, Brasil.

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Publicado

2021-04-22

Como Citar

Ribeiro, A. B., Chitolina, M. B., Carminatti, A., Fernandes, F. D., Bräunig, P., Vogel, F. S. F., Prestes, A. M., Collet, S. G., & Camillo, G. (2021). Ocorrência de anticorpos anti Sarcocytis spp., anti Toxoplasma gondii e anti Neospora spp. em equinos da região Oeste de Santa Catarina. Semina: Ciências Agrárias, 42(3Supl1), 1663–1672. https://doi.org/10.5433/1679-0359.2021v42n3Supl1p1663

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