Molecular, serological, and parasitological detection of Babesia vogeli in dogs in the state of Piauí, Brazil
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-0359.2019v40n6Supl2p3035Palavras-chave:
Análise molecular, Babesiose, Hemoparasitas, PCR, RIFI.Resumo
Estudos sobre a babesiose canina são escassos no Nordeste do Brasil, apesar das condições climáticas favoráveis ao desenvolvimento do carrapato vetor. Esta pesquisa objetivou determinar a ocorrência de Babesia vogeli em cães amostrados em Teresina, estado do Piauí, região Meio Norte do Brasil, através de métodos diretos e indiretos de diagnóstico, além de realizar análise filogenética das sequências 18S rRNA de piroplasmídeos obtidas no estudo. Foram avaliados 315 cães atendidos em clínicas veterinárias, sob qualquer suspeita clínica. Desses animais, foi colhido sangue por venopunção jugular para Reação de Imunofluorescência Indireta (RIFI) e Reação em Cadeia pela Polimerase (PCR). Além disso, esfregaços de sangue periférico foram realizados para pesquisa direta do parasita. A positividade dos animais foi de 2,2% (7/315) ao esfregaço sanguíneo, 4,8% (15/315) à PCR e 48,6% (153/315) à RIFI. O sequenciamento de amostras positivas à PCR resultou em um fragmento de 602 pb do gene 18S rRNA de piroplasmídeos, cujo alinhamento e análise da sequência revelaram 99% de homologia com isolados de B. vogeli de outras regiões do Brasil, além de outros países. É interessante ressaltar que, comparando isolados em diferentes estados do Nordeste, a homologia pode ser bastante variável. Esses são os primeiros resultados sobre a análise molecular de B. vogeli no Estado do Piauí. Além disso, este estudo demonstra que a babesiose canina é endêmica em cães de Teresina, Nordeste do Brasil, e que a PCR pode ser o método de escolha para diagnóstico da doença nessas áreas.Downloads
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