Inquérito soroepidemiológico para leptospirose em equídeos no semiárido da Paraíba, Nordeste do Brasil
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-0359.2019v40n5p2079Palavras-chave:
Equídeos, Leptospirose, Semiárido, Sorogrupos.Resumo
O objetivo deste trabalho foi determinar indicadores epidemiológicos da leptospirose em equídeos do estado da Paraíba, Nordeste do Brasil. Foram amostrados 138 equídeos provenientes de 58 propriedades rurais, e para o diagnóstico da leptospirose foi utilizado o teste de Soroaglutinação Microscópica (SAM), utilizando uma bateria com 22 sorovares como antígenos. A sororreatividade encontrada foi de 40,6% (56/138). Os sorogrupos reatores foram Australis (43%), Sejroe (16,3%), Icterohaemorrhagiae (14,3%), Grippotyphosa (10,2%), Canicola (6,1%), Tarassovi (4,1%), Pomona (2%), Ballum (2%) e Hebdomadis (2%). Animais com idade acima de 36 meses apresentaram maior chance de serem sororreativos (odds ratio = 3,04; IC 95% = 1,23 – 7,56; P = 0,016). Os resultados obtidos no presente trabalho apontam para a elevada ocorrência de equídeos sororreagentes para Leptospira sp. no semiárido paraibano, Nordeste do Brasil. Sendo este o primeiro relato de equídeos sororreagentes na Paraíba, outros estudos devem ser conduzidos na região com o objetivo de isolar e identificar o agente para a determinação da infecção corrente nos animais.Métricas
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