Avaliação do efeito da suplementação terapêutica com probiótico em cães filhotes com gastrenterite hemorrágica

Autores

  • Pedro Luiz de Camargo Universidade Estadual de Londrina
  • Maria Beatriz Tassinari Ortolani Universidade Estadual de Londrina
  • Simone Akemi Uenaka Universidade Estadual de Londrina
  • Maitê Bette Motta Universidade Estadual de Londrina
  • Cecília dos Reis Braga Universidade Estadual de Londrina
  • Pâmela Cristina dos Santos Universidade Estadual de Londrina
  • Jamil Correia da Silva Júnior Universidade Estadual de Londrina
  • Viviane Gonçalves Vieira Universidade Estadual de Londrina
  • Alice Fernandes Alfieri Universidade Estadual de Londrina

DOI:

https://doi.org/10.5433/1679-0359.2006v27n3p453

Palavras-chave:

Cão, Probiótico, Gastrenterite hemorrágica, Parvovirose.

Resumo

A gastrenterite hemorrágica (GHE) é uma afecção comum em filhotes de cães, e motivo freqüente de internação e mortalidade. Considerando que probióticos têm sido apontados como benéficos no tratamento destes pacientes, avaliamos o impacto da inclusão de probiótico à base de Lactobacilus acidophillus em 100 filhotes de cães com GHE, distribuídos em dois grupos de 50 indivíduos. Os cães do grupo 1 (G1), além da terapia indicada para GEH, constituída de fluido e antibiótico terapia e antiemético, receberam, por via oral, probiótico. Para os animais do grupo 2 (G2) foi adotada apenas a terapêutica convencional. Foram quantificadas as partículas virais nas fezes, pela aglutinação (HA) e os anticorpos (Ac) anti-parvovírus por inibição da hemaglutinação. Foram registradas a duração da internação e a tolerância dos animais ao probiótico. A excreção viral nas fezes pelos animais de ambos os grupos foi semelhante no momento da internação (P = 0,746) e da alta hospitalar (P = 0,294). Entretanto, no G1 a excreção foi significativamente menor no momento da alta (p < 0,001). O período de internamento variou de um a 15 dias no G1 e de um a 10 dias no G2 (P = 0,70). A taxa de mortalidade no G1 foi de 37,50% (18/48) e de 26% (13/50) no G2 (P = 0,49). A aceitação do probiótico variou de regular a ótima em 95% das administrações, porém, os animais que foram a óbito demonstraram intolerância. Com estas observações não foi estabelecida relação entre a administração de probiótico e recuperação da doença, abreviação do período de internação ou ao aumento da resposta humoral. Porém, a suplementação reduziu a excreção fecal de vírus, o que é benéfico quando se considera a menor disseminação do vírus no ambiente. 

 

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Biografia do Autor

Pedro Luiz de Camargo, Universidade Estadual de Londrina

Professor adjunto doutor do Departamento de Clínicas Veterinárias; CCA; UEL.

Maria Beatriz Tassinari Ortolani, Universidade Estadual de Londrina

Aluna do Curso de Graduação em Medicina Veterinária e estagiária do Programa de Iniciação-Científica - PROIC da UEL.

Simone Akemi Uenaka, Universidade Estadual de Londrina

Aluna do Curso de Graduação em Medicina Veterinária e estagiária do Programa de Iniciação-Científica - PROIC da UEL.

Maitê Bette Motta, Universidade Estadual de Londrina

Aluna do Curso de Graduação em Medicina Veterinária e estagiária do Programa de Iniciação-Científica - PROIC da UEL.

Cecília dos Reis Braga, Universidade Estadual de Londrina

Aluno do Curso de Graduação em Medicina Veterinária da UEL.

Pâmela Cristina dos Santos, Universidade Estadual de Londrina

Aluno do Curso de Graduação em Medicina Veterinária da UEL.

Jamil Correia da Silva Júnior, Universidade Estadual de Londrina

Pós-graduando - Programa de Residência em Clínica Médica, Cirúrgica e Reprodução de Animais de Companhia; DCV; CCA; UEL.

Viviane Gonçalves Vieira, Universidade Estadual de Londrina

Pós-graduando - Programa de Residência em Clínica Médica, Cirúrgica e Reprodução de Animais de Companhia; DCV; CCA; UEL.

Alice Fernandes Alfieri, Universidade Estadual de Londrina

Professora Adjunta Doutora; Departamento de Medicina Veterinária Preventiva; CCA; UEL.

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Publicado

2006-06-30

Como Citar

Camargo, P. L. de, Ortolani, M. B. T., Uenaka, S. A., Motta, M. B., Braga, C. dos R., Santos, P. C. dos, … Alfieri, A. F. (2006). Avaliação do efeito da suplementação terapêutica com probiótico em cães filhotes com gastrenterite hemorrágica. Semina: Ciências Agrárias, 27(3), 453–462. https://doi.org/10.5433/1679-0359.2006v27n3p453

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