Práticas de design em contexto educativo como dispositivos de agenciamento de poderes, saberes e subjetividades

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5433/2236-2207.2022v13n3p184

Palavras-chave:

Design, Educação, Dispositivo

Resumo

Neste artigo, apresentamos conceitos e experiências tecidos no âmbito do guarda-chuva de pesquisa do Grupo de Pesquisa Design & Escola. Com o objetivo de investigar e elencar conceitos pertinentes às práticas de design em contexto educativo, buscamos oportunizar o uso do pensamento projetual/design em interações de ensino-aprendizagem que além instigantes, se tornassem dispositivos de agenciamento de poderes, saberes e produção de modos de subjetivação. Neste artigo, procuramos intercalar conceitos que colaboram para documentar um campo do design que busca desenvolver estratégias metodológicas para o alargamento de pesquisas e projetos de design implicados nos múltiplos e inventivos espaços de aprendizagem. Iniciamos com uma revisão de conceitos e em seguida apresentamos aspectos metodológicos das formas como esses conceitos estão sendo explorados em nossos trabalhos.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Bianca Martins, Escola Superior de Desenho Industrial da Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Doutora; Escola Superior de Desenho Industrial da Universidade do Estado do Rio de Janeiro.

Victor Silba, Escola Superior de Desenho Industrial da Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Doutorando; Escola Superior de Desenho Industrial da Universidade do Estado do Rio de Janeiro.

André Coutinho, Escola Superior de Desenho Industrial da Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Mestrando; Escola Superior de Desenho Industrial da Universidade do Estado do Rio de Janeiro.

Referências

AGAMBEN, G. O que é um dispositivo? In: Revista de literatura - Outras travessias. UFSC, Santa Catarina, n. 5, p. 9-16. 2005

ANASTASSAKIS, Z.; SZANIECKI, B. Conversation dispositifs: towards a transdisciplinary design anthropological approach. In: Design Anthropological Futures. Londres: Bloomsbury, 2016.

ANDRADE, N.; CALDAS, A. N.; ALVES, N. Os movimentos necessários às pesquisas com os cotidianos – após muitas ‘conversas’ acerca deles. In OLIVEIRA, I. B.; SUSSUKIND, M. L.; PEIXOTO, L. (orgs). Estudos do cotidiano, currículo e formação docente - questões metodológicas, políticas e epistemológicas. Curitiba: CRV, 2019: 19-46.

ARCHER, B. Time for a revolution in art and design education - RCA Papers No. 6, 1978. Disponível em: < https://researchonline.rca.ac.uk/385/>. Acesso em 14-09-2020

BARROS, R. e PASSOS, E. Cartografia como método de pesquisa-intervenção. In: Barros, R., Kastrup, V., Escóssia, L. (Org.). Pistas do método de cartografia: pesquisa-intervenção e produção de subjetividade. 1a ed. Porto Alegre: Sulina, 2009.

BAYNES, K. Models of Change: The future of Design education. In: Design and Technology Education: An International Journal. Loughborough, Vol. 15, No. 3, pgs. 10-17, 2010.

CROSS, N. Designerly ways of knowing, Springer-Verlag, London, 2006.

CROSS, N. Design Thinking: Understanding How Designers Think and Work. Oxford: Berg Publishers, 2011. DOI: https://doi.org/10.5040/9781474293884

DELEUZE, G. O que é um dispositivo? In: Michel Foucault - Philosophe Rencontre Internationale. Paris: Deux Travaux Seuil. 1988.

_________ Abecedário [1988-1989]. Documentário. Paris: Éditions Montparnasse, 1994 FREIRE, P. Pedagogia da autonomia. São Paulo: Ed. Paz e Terra, 1996.

_________ Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Ed. Paz e Terra, 1987.

FORPROEX. Política Nacional de Extensão Universitária. 2012. Disponível em: https:// proex.ufsc.br/files/2016/04/Pol%C3%ADtica-Nacional-de-Extens%C3%A3oUniversit%C3%A1ria-e-book.pdf. Acesso 20 fev. 2022.

FOUCAULT, M. Sobre a História da sexualidade. In: Microfísica do poder. Rio de Janeiro: Graal, 2000.

___________ Vigiar e punir: nascimento da prisão. Petrópolis, RJ: Vozes, 1996.

___________ Tecnologias del yo y otros textos afines. Barcelona: Paidós, 1990.

GIACOPINI, B. E.; BASSI, L. Reggio Emília: uma experiência inspiradora. Vitória Faria e Alex Criado. In: Revista Criança do Professor de Educação Infantil, Brasília: SEB/MEC, 43, ago. 2007, p. 5-8.

HARAWAY, D. Staying with the Trouble: Making kin in the Chthulucene. Duke University Press, Durham e Londres, 2016. DOI: https://doi.org/10.2307/j.ctv11cw25q

KASTRUP, V. A invenção de si e do mundo: uma introdução do tempo e do coletivo nos estudos da cognição. São Paulo: Papirus, 1999.

__________ Políticas cognitivas na formação do professor e o problema do devir-mestre. In: Educação e Sociedade, Campinas, vol. 26, n. 93, p.1273-1288, 2005. DOI: https://doi.org/10.1590/S0101-73302005000400010

__________ O funcionamento da atenção no trabalho do cartógrafo. In: Passos, E., Kastrup, V. e Escóssia, L. (Orgs) Pistas do método da cartografia: pesquisa-intervenção e produção de subjetividade. V. 1. Porto Alegre: Sulina, 2009.p. 32-51, 2009

__________ Ensinar e aprender: falando de tubos, potes e redes. Arte na Escola, 2012. Disponível em: <http://artenaescola.org.br/sala-de-leitura/artigos/artigo.php?id=69347>

__________ Aprendizagem, arte e invenção. Psicologia em estudo, Maringá, v. 6, n. 1, p. 17-27, jan/jun 2001. DOI: https://doi.org/10.1590/S1413-73722001000100003

KASTRUP, V. e BARROS, R. B. Movimentos-funções do dispositivo na prática cartográfica. In: Passos, E., Kastrup, V. e Escóssia, L. (Orgs) Pistas do método da cartografia: pesquisaintervenção e produção de subjetividade. V. 1. Porto Alegre: Sulina, 2009. p. 76-91, 2009.

KASTRUP, V. e PASSOS, E. Cartografar é traçar um plano comum. In: Passos, E., Kastrup, V., Tedesco, S. (Orgs.). Pistas do método da cartografia: a experiência da pesquisa e o plano comum. Porto Alegre: Sulina. p. 15 – 41, 2014.

LAWSON, B. Como arquitetos e designers pensam. São Paulo: Oficina de textos, 2011.

MANZINI, E. Cuando todos diseñan: una introducción al diseño para la inovacion social. Experimenta editorial, España, 2015

MARTINS, B.; SILBA, V. Educação projetual para além do ensino profissionalizante. In: II Colóquio de Pesquisa e Design: de(s)colonizando o design, 2021, Cariri. Pesquisa e design (livro eletrônico): de(s)colonizando o design: resumos expandidos. Fortaleza: nadifúndio, 2021. v. 1. p. 97-103.

MARTINS, B.; EMANUEL, B. Aprender projetando como uma prática educativa insurgente: experiências do Grupo Design & Escola Arcos Design, Rio de Janeiro: PPESDI / UERJ. v. 15, n. DOI: https://doi.org/10.12957/arcosdesign.2022.65059

, Março 2022. pp. 87-105. Disponível em: <https://www.epublicacoes. uerj.br/index.php/arcosdesign>

MARTINS, B. O professor-designer de Experiências de aprendizagem: Tecendo uma epistemologia para a inserção do Design na Escola. 2016. Tese (Doutorado em Design) – DAD/PUC-Rio, Rio de Janeiro, Brasil. 2016.

MORAES, C. “Nutrir com”: uma experiência degustativa sobre Design & Saúde. 2021. Tese (Doutorado em Design) - ESDI/UERJ, Rio de Janeiro, Brasil, 2021

NECYK, B.; COUTINHO, A. S. A reapropriação da subjetividade e a pedagogia da autonomia em ações extensionistas no campo do design. Arcos Design, Rio de Janeiro: PPESDI / UERJ. v. 15, n. 1, Março 2022. pp. 195-218. Disponível em: DOI: https://doi.org/10.12957/arcosdesign.2022.65066

<https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/arcosdesign/article/view/65066/41590>

RIBEIRO, L. A. M. Curiouser lab: uma experiência de letramento informacional e midiático na educação. 2016. Tese (Doutorado em Ciência da Informação) - UNB, Brasília. 2016

Downloads

Arquivos adicionais

Publicado

2022-12-23

Como Citar

Martins, B., Silba, V., & Coutinho, A. (2022). Práticas de design em contexto educativo como dispositivos de agenciamento de poderes, saberes e subjetividades. Projetica, 13(3), 184–200. https://doi.org/10.5433/2236-2207.2022v13n3p184

Edição

Seção

Edição especial P&D 2022

Artigos Semelhantes

1 2 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.