A Ilustração para a infância em Portugal nas duas primeiras décadas do século XX
DOI:
https://doi.org/10.5433/2236-2207.2019v10n1p105Palavras-chave:
Ilustração para a infância, Ilustração para a infância em Portugal, Ilustração para a infância no início do século XX, O incentivo à leitura como política pública durante a I República portuguesaResumo
Em Portugal, durante a I República (1910-1926), os políticos consideravam essencial a formação escolar das gerações mais novas, uma vez que seriam estas a dar continuidade ao espírito revolucionário. Nesta época surgiram novos escritores, jornais e coleções infantis e, ainda que a maioria dos livros fosse de caráter educativo, verifica-se um novo espírito na escrita para crianças. Era necessário substituir o dever de obediência pelo sentimento cívico e pela ideia de responsabilidade de cada cidadão no progresso do país. Daí a introdução de novos temas nos livros para crianças como a História e/ou a Geografia do país, de que são testemunhos as obras dos grandes autores da época como Ana de Castro Osório, Virgínia de Castro e Almeida, Aquilino Ribeiro, António Sérgio, Fernanda de Castro e Jaime Cortesão. Na ilustração destaque para alguns dos mais exímios artistas portugueses da época, como as irmãs Mamia Roque Gameiro e Raquel Roque Gameiro, Alonso, Leal da Câmara e Milly Possoz, Sarah Afonso, entre outros. A preocupação com a alfabetização, a ampliação da rede escolar e a criação de bibliotecas, fez com que, a pouco e pouco, a leitura passasse a tomar o seu devido lugar.Downloads
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