O trabalho com monumentos como possibilidade de resistência aos processos de invisibilização de grupos sociais

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5433/2238-3018.2021v27n2p51

Palavras-chave:

Educação Patrimonial, Educação Histórica, História Local

Resumo

Os monumentos de uma cidade são fontes históricas que podem se tornar evidências ao serem interrogados a partir de questões que possibilitam refletir sobre diversos elementos constitutivos das sociedades que os construíram. Relações entre grupos sociais, estratégias de invisibilização e de visibilização e as desigualdades entre homens e mulheres vivenciadas nos diversos passados e também no presente são materializadas nos espaços da cidade, revelando como tudo o que uma sociedade produz está eivado de seus valores, concepções e crenças. Tendo isso em vista, este artigo tem o objetivo de apresentar e discutir as potencialidades de uma proposta de trabalho com o patrimônio material local, na perspectiva da Educação Histórica, a partir do levantamento dos monumentos localizados na cidade de Belo Horizonte /MG. Considera-se que discutir a Educação Patrimonial por meio do trabalho com os monumentos de uma cidade, na perspectiva da Educação Histórica, pode promover a identificação de mecanismos de invisibilidade de grupos sociais no passado e no presente, além de possibilitar o desenvolvimento de estratégias de resistência a mecanismos de invisibilização de grupos que foram e continuam sendo excluídos na e pela sociedade.

Métricas

Carregando Métricas ...

Biografia do Autor

Nayara Silva de Carie, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

Doutora em Educação. Professora da Universidade Federal de Minas Gerais.

Débora Cristina Alves da Silva, Universidade Estadual de Minas Gerais (UFMG).

Mestranda em Educação pela Universidade Federal de Minas Gerais.

Referências

ASHBY, Rosalyn. ASHBY, Rosalyn. Desenvolvendo um conceito de evidencia histórica: as ideias dos estudantes sobre testar afirmações factuais singulares. Educar em Revista. Curitiba (PR): Ed. UFPR, Número Especial, p. 151-170, 2006.

BELO HORIZONTE. Prefeitura Municipal. Empresa Municipal de Turismo de Belo Horizonte - BELOTUR. Inventário dos Monumentos de Belo Horizonte. Belo Horizonte: PBH, 2008.

BORGHI, Beatrice. La storia: indagare, apprendere, comunicare. Bologna: Pàtron Editore, 2016.

COLLINGWOOD, Robin George. A idéia de história. 5. ed. Lisboa: Editorial Presença, 1981.

COOPER, Hilary. Aprendendo e ensinando sobre o passado a crianças de três a oito anos. Educar em Revista, vol. 22, 2006, pp. 171-190. Disponível em: http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=155059283010

LEE, Peter. Literacia histórica e história transformativa. Educar em Revista, Curitiba, v. 32, n. 60, p. 107-146, 2016. Disponível em: https://revistas.ufpr.br/educar/article/view/45979/28511. Acesso em: 18 maio 2022.

MATTOZZI, Ivo. Currículo de História e Educação para o patrimônio. Educação em Revista. Belo Horizonte. FaE/UFMG, n. 47, jun. 2008.

MOLINA, Nayra Llonch. La educación patrimonial como herramienta de “rebeldía ciudadana”. In: SOLÉ, Gloria (org.). Educação Patrimonial: Contributos para a construção de uma consciência patrimonial. Braga: Pelouro do Património: Universidade do Minho, 2015. p. 35-52.

NOCHLIN, Linda. Why have there been no great women artist? 2. ed. São Paulo: Edições Aurora, 2016. Disponível em: https://www.writing.upenn.edu/library/Nochlin-Linda_Why-Have-There-Been-No-Great-Women-Artists.pdf. Acesso em: 19 maio 2021.

OLIVEIRA, Péricles Antônio Mattar de; TEIXEIRA, Clotildes Avellar. Monumentos de Belo Horizonte Minas Gerais. Rio de Janeiro: Editora Lumiar, 2008. Disponível em: https://issuu.com/domaninet/docs/monumentos_de_belo_horizonte/1. Acesso em: 19 maio 2021.

Parque Municipal de BH: um museu a céu aberto. Conheça Minas, 2018. Disponível em: https://www.conhecaminas.com/2018/10/parque-municipal-de-bh-um-museu-ceu.html. Acesso em: 29 de maio de 2022.

SANTOS, Luís Alberto Brandão. Saber de Pedra: o Livro das Estátuas. Belo Horizonte: Autêntica, 1999.

SCHMIDT, Maria Auxiliadora; GARCIA, Tânia Braga. O trabalho com objetos e as possibilidades de superação do sequestro da cognição histórica: um estudo de caso com crianças nas séries iniciais. In: Educação Histórica e Museus: Actas das VI Jornadas Internacionais de Educação Histórica, 6, 2006, Curitiba. Anais [...]. Curitiba: UTFPR, 2007. p. 52-67. Disponível em: https://lapeduh.files.wordpress.com/2018/04/perspectiva-de-investigac3a7c3a3o-em-educac3a7ao-historica.pdf. Acesso em: 19 maio 2021.

Downloads

Publicado

2022-06-15

Como Citar

Silva de Carie, N., & Alves da Silva, D. C. (2022). O trabalho com monumentos como possibilidade de resistência aos processos de invisibilização de grupos sociais. História & Ensino, 27(2), 51–71. https://doi.org/10.5433/2238-3018.2021v27n2p51

Edição

Seção

Artigos