Denaturalizing violence against women:

teachers’ knowledge and learning in history

Authors

DOI:

https://doi.org/10.5433/2238-3018.2022v28n2p010

Keywords:

history teaching;, gender;, violence against women;, didactic experience.

Abstract

In this paper, I analyze a didactic experience developed in history classes, in classes of the 6th year of elementary school, whose objective was to historicize and denaturalize unequal gender relations. I try to consider the choices and cuts made by the teacher as evidence of teachers’ knowledge that is linked to learning processes in history. The experience made it possible to realize the potential of gender studies in the classroom and demonstrated that the historicization and denaturalization of violence against women can be a useful way to emerge other ways of sharing the world.

Author Biography

Artur Nogueira Santos e Costa, Universidade de Brasília

Doutorando em História na Universidade de Brasília.

References

ANDRÉ, Marli Eliza Dalmazo Afonso de. Etnografia da prática escolar. 15. ed. Campinas: Papirus, 2008.

BRASIL. Lei n. 10.639/03, de 09 de janeiro de 2003. Altera a lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “história e cultura afro-brasileira”, e dá outras providências. Brasília, DF: Presidência da República, 2003. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/l10.639.htm. Acesso em: 22 ago. 2022.

BRASIL. Lei n. 11.645/08, de 10 de março de 2008. Altera a lei no 9.394, de 20 dedezembro de 1996, modificada pela lei no 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “história e cultura afro-brasileira e indígena”. Brasília, DF: Presidência da República, 1996. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/l11645.htm. Acesso em: 22 ago. 2022.

BRASIL. Ministério da Educação. Parâmetros curriculares nacionais: orientação sexual 1. Brasília, DF: Ministério da Educação, 1998.

BUTLER, Judith. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003.

CAIMI, Flávia Eloisa. História escolar e memória coletiva: como se ensina? como se aprende. In: ROCHA, Helenice; MAGALHÃES, Marelo; GONTIJO, Rebeca (org.). A escrita da história escolar: memória e historiografia. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2009. p. 65-79.

COLLINS, Patricia Hill. Em direção a uma nova visão: raça, classe e gênero como categorias de análise e conexão. In: MORENO, Renata (org.). Reflexões e práticas de transformação feminista. São Paulo: SOF, 2015. p. 13-42.

COSTA, Artur Nogueira Santos e. Ensino de história na escola pública: percursos e práticas de currículos no ensino fundamental. Jundiaí: Paco Editorial, 2019.

FOUCAULT, Michel. O dispositivo de sexualidade. In: FOUCAULT, Michel. A história da sexualidade 1: a vontade de saber. Rio de Janeiro: Graal, 1988. FOUCAULT, Michel. Sobre a história da sexualidade. In: FOUCAULT, Michel. Microfísica do poder. 27. ed. Rio de Janeiro: Graal, 2013. p. 363-406.

HALL, Stuart. Cultura e representação. Rio de Janeiro: Editora da Puc-Rio, 2016.

HOOKS, bell. Ensinando a transgredir: a educação como prática da liberdade. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2017.

LAURETIS, Teresa de. A tecnologia do gênero. In: HOLLANDA, Heloísa Buarque de (org.). Tendências e impasses: o feminismo como crítica da cultura. Rio de Janeiro: Rocco, 1994. p. 206-242.

LOURO, Guacira Lopes. A emergência do gênero. In: LOURO, Guacira Lopes. Gênero, sexualidade e educação: uma perspectiva pós-estruturalista. Petrópolis: Rio de Janeiro, 1997. p. 14-36.

LUGONES, Maria. Colonialidad y Gênero. Tabula Rasa, Bogotá, n. 9, p. 73-101, jun./dez. 2008. Disponível em: https://www.revistatabularasa.org/numero-9/05lugones.pdf. Acesso em: 22 ago. 2022. DOI: https://doi.org/10.25058/20112742.340

MARZANO, Francelle. Mulher é assassinada na garagem de prédio em Uberlândia.Estado de Minas, Belo Horizonte, 12 set. 2015. Disponível em: https://bit.ly/3nJj44H. Acesso em: 22 ago. 2022.

MONTEIRO, Ana Maria. Professores de história: entre saberes e práticas. Rio de Janeiro: Mauad X, 2007.

MUNIZ, Diva do Couto Gontijo. As feridas abertas da violência contra as mulheres no Brasil: estupro, assassinato e feminicídio. In: STEVENS, Cristina; Oliveira, Susane de; ZANELLO, Valeska; SILVA, Edlene; PORTELA, Cristiane (org.). Mulheres e violência: interseccionalidades. Brasília: Technopolitik, 2017. p. 36-49.

MUNIZ, Diva do Couto Gontijo. Feminismos, epistemologia feminista e história das mulheres: leituras cruzadas. Opsis, Catalão, v. 15, n. 2, p. 316–329, jul./dez. 2015. DOI: https://doi.org/10.5216/o.v15i2.34189 DOI: https://doi.org/10.5216/o.v15i2.34189

MUNIZ, Diva do Couto Gontijo. História, ensino de história e gênero: discutindo a relação. Revista Eletrônica Documento/Monumento, Cuiabá, v. 18, p. 10-20, 2016.

OLIVA, Anderson Ribeiro. Desafricanizar o Egito, embranquecer Cleópatra: silêncios epistêmicos nas leituras eurocêntricas sobre o Egito em manuais escolares de história no PNLD 2018. Romanitas, Vitória, v. 10, p. 26-63, 2017. DOI: https://doi.org/10.17648/rom.v0i10.18970. DOI: https://doi.org/10.17648/rom.v0i10.18970

OLIVEIRA, Susane Rodrigues de. Violência contra mulheres nos livros didáticos de história (PNLD 2018). Estudos Feministas, Florianópolis, v. 27, n. 3, 2019a. DOI: https://doi.org/10.1590/1806-9584-2019v27n358426 DOI: https://doi.org/10.1590/1806-9584-2019v27n358426

OLIVEIRA, Susane Rodrigues. História das mulheres em planos de aula: mídias digitaise saberes docentes na internet. Labrys, Brasília, v. 27, 2015. Disponível em: https://www.labrys.net.br/labrys27/historia/susane.htm. Acesso em: 22 ago. 2022.

OLIVEIRA, Susane Rodrigues. Memórias, subjetivação e educação no tempo presente: como as representações de violência sexual são abordadas nos livros didáticos de história?. Tempo e Argumento, Florianópolis, v. 11, n. 28, p. 466-502, set./dez. 2019b.DOI: https://doi.org/10.5965/2175180311282019466 DOI: https://doi.org/10.5965/2175180311282019466

OLIVEIRA, Susane Rodrigues. Violência contra as mulheres: cultura histórica, subjetivação e ensino de histórias do possível. In: OLIVEIRA, Susane Rodrigues de; SILVA, Edlene; ZANELLO, Valeska (org.). Gênero, subjetivação e perspectivas feministas. Brasília: Technopolitik, 2019c. p. 276-308.

OYĚWÙMÍ, Oyèrónké. Conceituando o gênero: os fundamentos eurocêntricos dos conceitos feministas e o desafio das epistemologias africanas. CODESRIA, Dakar, v. 1, p. 1-8, 2004. Disponível em: https://filosofia-africana.weebly.com/uploads/1/3/2/1/13213792/oy%C3%A8r%C3%B3nk%C3%A9_oy%C4%9Bw%C3%B9m%C3%AD_-_conceitualizando_o_g%C3%AAnero._os_fundamentos_euroc%C3%AAntrico_dos_conceitos_feministas_e_o_desafio_das_epistemologias_africanas.pdf. Acesso em: 22 ago. 2022.

SILVA, Cristiani Bereta da. O saber histórico escolar sobre as mulheres e as relações de gênero nos livros didáticos de história. Caderno Espaço Feminino, Uberlândia, v. 17, p.219-246, jan./jul. 2007. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/neguem/article/view/440. Acesso em: 22 ago. 2022.

SILVA, Edlene Oliveira. Internet, estupro, assédio sexual e ativismo na campanhaonline “primeiroassédio”. In: STEVENS, Cristina; SILVA, Edlene; OLIVEIRA, Susane de;ZANELLO, Valeska (org.). Relatos, análises e ações no enfrentamento da violênciacontra as mulheres. Brasília: Technopolitik, 2017. p. 200-234.

WHITE, Hayden. O passado prático. ArtCultura, Uberlândia, v. 20, n. 37, p. 9-19, jul./dez. 2018. DOI: https://doi.org/10.14393/artc-v20-n37-2018-47235 DOI: https://doi.org/10.14393/artc-v20-n37-2018-47235

Published

2022-12-30

How to Cite

Costa, A. N. S. e. (2022). Denaturalizing violence against women:: teachers’ knowledge and learning in history. História & Ensino, 28(2), 010–035. https://doi.org/10.5433/2238-3018.2022v28n2p010

Issue

Section

Artigos