Língua escrita e consciência histórica em produções de crianças e adolescentes

Autores

  • Maria Lima Escola pública

DOI:

https://doi.org/10.5433/2238-3018.2007v13n0p177

Palavras-chave:

Produção textual, Ensino de história, Consciência histórica, Didática da história.

Resumo

As concepções empiristas de aprendizagem no ensino de História centram-se, via de regra, na transmissão de fatos e conceitos por meio da exposição do conteúdo e dos exercícios de fixação. No ensino da língua escrita, privilegiam o domínio do código e da ortografia, centrando-se mais nas estruturas do que nos usos. Opondo-se a isso, o presente artigo traz alguns dos elementos envolvidos com a compreensão dos processos cognitivos presentes no desenvolvimento da consciência histórica e da competência narrativa, calcada nas reflexões de Vygotsky e Bakhtin sobre a relação palavra e consciência, e de Rüsen sobre a consciência histórica enquanto aprendizagem. O corpus da investigação foi constituído por 134 produções textuais de 67 estudantes (29 da 5ª série e 38 da 8ª série do Ensino Fundamental) de uma escola municipal de São Paulo, os quais foram convidados a escrever e reescrever um texto considerando uma problemática social.

Métricas

Carregando Métricas ...

Biografia do Autor

Maria Lima, Escola pública

Trabalha com formação de professores, equipe técnica e funcionários de escola

Referências

ABAURRE, M. B. (Org.). Cenas de Aquisição da Escrita: o Sujeito e o Trabalho Como Texto. Campinas: Mercado das Letras, 1997.

AGUIAR, W. M. J. Reflexões a partir da psicologia sócio-histórica sobre a categoria consciência. Cadernos de Pesquisa, n. 110, p. 125-142, jul. 2000.

BAKHTIN, M. Marxismo e filosofia da linguagem. São Paulo: Hucitec, 1986.

CERRI, L. F. Ensino de História e Nação na Propaganda do "Milagre Econômico". Revista Brasileira de História, São Paulo, v. 22, n. 43, p. 195-224, 2002.

FIAD, R. S. Operações Lingüísticas Presentes nas Reescritas de textos. Revista Internacional de Língua Portuguesa. Associação das Universidades de Língua Portuguesa, v.4, p.91-97, 1991.

FIORIN, J. L. As astúcias da enunciação: as categorias de pessoa, espaço e tempo. São Paulo: Ática, 2002.

FREITAS, M.T. Vy gotsky e Bakhtin. São Paulo: Ática, 2002.

OLIVEIRA, M. K. Vy gotsky: Aprendizado e desenvolvimento um processo sócio e histórico. São Paulo: Scipion, 1993.

OLSON, D. R. Omundo no papel: implicações conceituais e cognitivas da leitura e da escrita. São Paulo: Ática, 1997.

REGO, T. C. Vy gotsky: uma perspectiva sócio-cultural da educação. Petrópolis Vozes, 2001.

RICOPER, P. Tempo e narrativa. Campinas: Papirus, 1994.

RÜSEN, J. Historical Consciousness: Narrative Structure, Moral Function, and Ontogenetic Development. In: SEIXAS, P. Theorizing Historical Consciousness. Toronto/Bufalo/Londres: University Toronto Press, 2004. p.63-85.

RÜSEN, J. History: Narration, Interpretation, Orientation. New York, Oxford: Berghahn Books, 2005.

VYGOTSKY, L. S. Pensamento e linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1993.

Downloads

Publicado

2007-04-18

Como Citar

Lima, M. (2007). Língua escrita e consciência histórica em produções de crianças e adolescentes. História & Ensino, 13, 177–202. https://doi.org/10.5433/2238-3018.2007v13n0p177

Edição

Seção

Artigos