Escapada, de Evelyn Scott: o discurso autobiográfico de uma modernista perdida no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.5433/1519-5392.2023v23n4p246-263Palavras-chave:
Evelyn Scott, Emoção, Discurso AutobiográficoResumo
Evelyn Scott (1898-1963) foi uma modernista americana da alta classe sulista que, ainda legalmente menor, fugiu para o Brasil com um médico duas vezes mais velho do que ela, casado e pai de quatro filhos. Mas na terra idealizada, Scott enfrentou um parto difícil, doença, pobreza e isolamento social em um país de cultura e língua desconhecidas e em um mundo prestes a deflagrar a Primeira Guerra Mundial. O objetivo deste trabalho é analisar a emoção no discurso autobiográfico a partir de Escapada (2019), a poderosa autobiografia escrita quando a escritora ainda estava no Brasil. O suporte teórico conta com apoio da antropologia das emoções, dos estudos de gênero e da linguística cognitiva. O método é interpretativo e o corpus é a autobiografia citada acima. Diante da experiência extrema de fome e doença, como as emoções são expressas na obra? De que maneira o gênero influencia tanto a experiência concreta quanto o discurso sobre a experiência? Resultados indicam que, embora Evelyn Scott se sentisse extremamente vulnerável, ela rejeitava com veemência qualquer tentativa de ser vista como vítima e se recusava a renunciar a sua visão de mundo pelo fato de ser mulher e estar doente.
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