Representação do árabe: análise do filme “Aladdin” sob a ótica do orientalismo
DOI:
https://doi.org/10.5433/2237-9126.2020v14n26p138Palabras clave:
Orientalismo, Gênero, Estudos pós-coloniais, Representação, CinemaResumen
Este artigo tem por objetivo central tratar e refletir historicamente o filme Aladdin (2019), a fim de diagnosticar de que modo o orientalismo e o discurso feminista estão presentes em sua narrativa. A Walt Disney Pictures, muito popular na atualidade, possui inúmeras obras que, além de serem sucesso de bilheteria, contribuem com normatização de gênero, identidade e papéis sociais. Desse modo, propagam ideologias e absorvem discursos em voga no seu contexto com o interesse mercadológico, influenciando inclusive o público infanto-juvenil. Aladdin legitima relações de poder e, apesar de suas limitações, permite-nos analisar a representação exótica do Oriente Médio, bem como a luta da Princesa Jasmine em ser ouvida, problemática de uma personagem ocidentalizada. Assim, é o intento do presente artigo estabelecer a hipótese de que Aladdin, apesar de apresentar-se libertador, reforça estereótipos étnicos do árabe, representação e padronização da mulher oriental.Descargas
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