A cognição histórica situada: expectativas curriculares e metodologias de ensino

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5433/1984-3356.2012v5n10p741

Palavras-chave:

Curriculo, Cognição histórica situada, Metodologias de ensino

Resumo

De natureza qualitativa a presente pesquisa tem como objetivo analisar como um grupo de docentes do ensino fundamental formula suas metodologias de ensino numa perspectiva da cognição histórica situada. Os pressupostos teórico-metodológicos da Educação Histórica estão presentes na concepção de ensino e aprendizagem das Diretrizes Curriculares Estaduais de História, remetendo a uma cognição histórica situada. O currículo afirma que o trabalho pedagógico dos professores tem como finalidade a formação do pensamento histórico dos alunos por meio da consciência histórica. Para isso sugere a utilização em sala de aula dos métodos da investigação histórica articulados pelas narrativas históricas dos sujeitos. Fundamentado nos referenciais teórico-metodológicos do “estruturismo metodológico”, a investigação utilizou-se de questionário padronizado e de entrevista semi-estruturada aplicada a quatro docentes. Os resultados indicam que os professores utilizam em suas metodologias de ensino elementos da investigação histórica, prática que potencializa no aluno o desenvolvimento de uma cognição situada na ciência da história.

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Biografia do Autor

Geyso D. Germinari, Universidade Tuiuti do Paraná - UTP

Doutor em Educação pela Universidade Federal do Paraná. Professor da Universidade Tuiuti do Paraná.

Marcos Roberto Barbosa, .

Mestre em Educação pela Universidade Tuiuti do Paraná. Professor de História do Ensino Fundamental e Médio na Rede Pública Estadual e na Rede Privada de Ensino do Estado do Paraná.

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Publicado

16-03-2013

Como Citar

GERMINARI, G. D.; BARBOSA, M. R. A cognição histórica situada: expectativas curriculares e metodologias de ensino. Antíteses, [S. l.], v. 5, n. 10, p. 741–760, 2013. DOI: 10.5433/1984-3356.2012v5n10p741. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/antiteses/article/view/13325. Acesso em: 26 abr. 2024.