Dispositivos médicos invasivos e mortalidade em uti: comparativo entre pacientes com e sem covid-19
DOI:
https://doi.org/10.5433/anh.2025v7.id51525Palavras-chave:
Unidades de Terapia Intensiva, Equipamentos e Provisões, COVID-19, Cuidados Críticos, MortalidadeResumo
Objetivo: avaliar o tempo de permanência e o risco de óbito em pacientes com covid-19 em uso de dispositivos médicos invasivos internados em terapia intensiva. Método: estudo de abordagem quantitativa, longitudinal, do tipo coorte retrospectiva, com informações de 257 prontuários de pacientes adultos internados em terapia intensiva no período de 2020 a 2021 em um hospital universitário. A coleta de dados foi realizada em 2022, com duração de oito meses, por meio de um instrumento de coleta próprio e os resultados foram tabulados no Excel 2010 com análise estatística feita com o programa Statistical Package for the Social Sciences versão 20.0. Utilizou-se a análise de sobrevida com cálculo de Hazard Ratio. Resultados: houve elevada permanência de dispositivos médicos invasivos em pacientes com covid-19 durante a internação em terapia intensiva, com destaque para cateter venoso central e cateter nasoenteral, sendo que este mesmo grupo permaneceu maior tempo em utilização de tubo orotraqueal. O uso de dispositivos médicos invasivos no sétimo dia de internação aumentou e esteve fortemente associado ao risco de óbito nos pacientes com covid-19. Conclusão: os pacientes com covid-19 utilizaram mais dispositivos médicos hospitalares, sendo os principais deles tubo orotraqueal, cateter venoso central, cateter vesical de demora e cateter nasoenteral, tendo estes maiores tempos de permanência e risco de óbito em comparação aos pacientes sem diagnóstico de covid-19. As taxas de ventilação mecânica e uso de oxigenoterapia também foram mais elevadas no grupo de pacientes com covid-19.
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