Emergência étnica: territorialidades das memórias e a luta do Povo Munduruku do Planalto, Santarém-Pará
DOI:
https://doi.org/10.5433/got.2024.v10.47938Palavras-chave:
Amazônia, Munduruku, Emergência, Luta, TerritorialidadesResumo
O presente trabalho tem como objetivo compreender as territorialidades construídas e as definições da luta do povo Munduruku, enquanto existência dos sujeitos coletivos, que se desdobraram através do processo de emergência étnica para a retomada e territorialização de seus locais antepassados, visto que desde o início do século XXI, são os Munduruku que se mobilizam e delimitam e fazem respeitar seu pretenso Território. Nesse processo, teve-se como suporte a compressão da construção do território e das territorialidades, sobretudo, a partir de 1990 quando começam a se autoafirmar enquanto indígenas do baixo rio Tapajós, no que ficou conhecido na literatura antropológica por emergência étnica. O trabalho buscou trazer através da história oral as vozes dos indígenas para compreender o processo ocupacional do território e entender a relações de disputas. A luta do povo Munduruku pela terra-território está circunscrita não somente pela dimensão política e econômica, mas também naquilo que dá sentido à vida, à identidade e ancestralidade.
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