Tróiades, de Guilherme Gontijo Flores: iconotexto e poema mixmídia
DOI:
https://doi.org/10.5433/1678-2054.2023vol43n1p82Palabras clave:
poesia brasileira; intermidialidade; Guilherme Gontijo Flores; Tróiades.Resumen
O artigo analisa a relação intermidiática entre poesia e fotografia na obra Tróiades, que integra a reunião Todos os nomes que talvez tivéssemos (2020). Segundo livro do poeta e crítico, tendo surgido, primeiramente, na forma denominada pelo autor de site-instalação (Flores 2020), com título homônimo e acessível pelo endereço: https://www.troiades.com.br. O site compõe-se de 25 fotografias selecionadas do Wikicommons, recortas e manipuladas pelo poeta (Flores 2020: n.p), precedendo o mesmo número de um gênero definido por Flores de poema-site. Dessa forma, objetiva-se interrogar se e em que medida as fotografias selecionadas, manipuladas e dispostas na obra de Gontijo Flores podem constituir uma poesia midiática, nos termos de Clüver (2012: 161) e/ou um poema mixmídia, compreendido a partir de um outro conceito produtivo: o iconotexto, proposto por Louvel (2006). Intenta-se, também, apresentar a presença de referências intermidiáticas que enformam, primeiramente, a materialidade e a singularização de cada mídia (Rajewsky 2012: 25; 24), bem como seu processo materialidade do produto mixmídia em dois poemas da referida obra, com vistas a constituir um gênero poético que questiona ao mesmo tempo em que reivindica novos operadores de leitura.
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