Maria Quitéria/Soldado Medeiros: o soldado que (não) era
DOI:
https://doi.org/10.5433/1678-2054.2021v40p57Palavras-chave:
Soldado Medeiros, Maria Quitéria, GêneroResumo
A partir das obras Vidas Preciosas (1977[1986]), de Dahas Zarur, A incrível Maria Quitéria (1977), de João Francisco de Lima, O soldado que não era (1980[2003]), de Joel Rufino dos Santos, Honra e Glória a Maria Quitéria (1995), de Osvaldo de Sales Gonçalves, e Maria Quitéria (1997[2010]), de Marici Salomão, analisamos a personagem histórica e literária Maria Quitéria de Jesus/Soldado Medeiros (1792-1853), com o objetivo de entendermos principalmente como a masculinidade e o trânsito de gênero vividos pela personagem histórica, durante as guerras de independência da Bahia e do Brasil, no começo do século XIX, são narrados literariamente. A partir das obras selecionadas, podemos constatar que Maria Quitéria/Soldado Medeiros segue tendo a sua masculinidade negada, assim como o trânsito de gênero segue sendo reduzido à ideia de disfarce, o que mostra a grande dificuldade que os textos literários sobre Maria Quitéria/Soldado Medeiros possuem de entender não só a masculinidade como um dispositivo biopolítico que interpela a todos os corpos, inclusive aqueles designados no nascimento como femininos, mas também o trânsito de gênero como uma forma de compreensão de si.
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Referências
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