A ausência como sentido para o amor em “Uma estrangeira de nossa rua”, de Milton Hatoum
DOI:
https://doi.org/10.5433/1678-2054.2020v39p24Palavras-chave:
Ausência, Inexperiência, Amor, MasculinidadeResumo
O presente artigo propõe uma leitura e análise do conto “Uma estrangeira de nossa rua”, de Milton Hatoum (2010), discutindo uma proposta de sentido para o amor como ausência. Para tanto, partimos de conceitos de pensadores contemporâneos, como Zygmunt Bauman (2004) e Pascal Bruckner (2014), que defendem a tese da morte do amor verificada por meio da sua fácil realização. O personagem analisado em questão evidencia uma paixão obsessiva, entretanto, sua falta de experiência impede que ele vá ao encontro do objeto de seu amor. Desse modo, a ausência de experiência, bem como a consequente ausência do amor, no caso do conto, ocasiona um efeito contrário de “morte do amor”, uma vez que pela não sua não realização a paixão permanece viva na mente do personagem. Esse amor vivo se explica, de acordo com a psicóloga Nadiá Paulo Ferreira (2004), como um sentimento de frustração amorosa.Downloads
Referências
BRUCKNER, Pascal. O paradoxo amoroso: ensaio sobre as metamorfoses da experiência amorosa. 2ª. ed. Trad. Rejane Janowitzer. Rio de Janeiro: Difel, 2014
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