Armários devassados: homoerotismo e resistência na ficção de Guilherme de Melo
DOI:
https://doi.org/10.5433/1678-2054.2010v18p78Palavras-chave:
Homoerotismo, Ficção portuguesa contemporânea, Guilherme de MeloResumo
Recuperando a conhecida metáfora do armário, enquanto índice desvelador de uma postura e de uma epistemologia homossexual, preconizada por Eve Sedgwick (Epistemologia do Armário), e a constatação de uma resistência em determinadas manifestações narrativas, sublinhada por Alfredo Bosi (Literatura e Resistência), intentamos, a partir do romance O que houver de morrer (1989), propor uma linha de leitura da ficção do escritor português Guilherme de Melo, privilegiando a abordagem da temática homoerótica, a sua presença no cenário literário lusitano e a emergência de uma abordagem crítica do referido corpus.Downloads
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