A presença do ecletismo no serviço social brasileiro

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.5433/1679-4842.2022v25n1p7

Palabras clave:

serviço social, produção de conhecimento, ecletismo.

Resumen

O presente artigo tem como tarefa discutir sobre o ecletismo, recuperando sua origem e desenvolvimento, ressaltando a sua função ideopolítica e as suas inflexões no Serviço Social brasileiro, especialmente na produção de conhecimento teórico na área. Buscou-se destacar o histórico conservadorismo presente na profissão e o ideário pós-moderno, enquanto, mediações significativas para a permanência do ecletismo no Serviço Social. Seguiu-se o percurso metodológico pautado pela revisão bibliográfica e teve como suporte a Teoria Social Crítica. Ao longo do estudo foi possível constatar que a recorrência do ecletismo no Serviço Social brasileiro está vinculada à trajetória histórica da profissão, em particular, a sua estrutura sincrética e a sua problemática apropriação da teoria social de Marx. O discurso da pós-modernidade carrega um traço neoconservador que reatualiza procedimentos teórico-metodológicos do conservadorismo e do ecletismo.

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Biografía del autor/a

Géssica Tamires da Silva Anselmo, Universidade Estadual da Paraíba

Possui graduação em Serviço Social pela Universidade Estadual da Paraíba. Estudante do mestrado em Serviço Social do Programa de Pós-Graduação em Serviço Social da Universidade Estadual da Paraíba - PPGSS/UEPB.

Mônica Barros da Nóbrega, Universidade Estadual da Paraíba

Doutora em Serviço Social pela Universidade Federal de Pernambuco ( UFPE). Professora efetiva da Universidade Estadual da Paraíba ( UEPB), vinculada ao Curso de Serviço Social e ao Programa de Pós-Graduação em Serviço Social.

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Publicado

2022-04-12

Cómo citar

ANSELMO, G. T. da S.; NÓBREGA, M. B. da. A presença do ecletismo no serviço social brasileiro. Serviço Social em Revista, [S. l.], v. 25, n. 1, p. 7–28, 2022. DOI: 10.5433/1679-4842.2022v25n1p7. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/ssrevista/article/view/44373. Acesso em: 21 may. 2024.

Número

Sección

Artigos