Os manuscritos literários: memória em processo

Autores

  • Lourival Holanda Universidade Federal de Pernambuco

DOI:

https://doi.org/10.5433/2237-4876.2017v20n2p181

Palavras-chave:

Manuscrito, Crítica genética, Processo de criação.

Resumo

Os manuscritos atestam um modo de memória e um processo criativo que dizem muito de um momento cultural. Simultaneamente memória social e mecanismo mental aqui se conjugam. O geneticista busca o fio complexo que liga a memória social à individual, no arranjo peculiar de que o manuscrito dá indícios; e os elementos esparsos que compõem a imprevisível lógica do manuscrito. Assim, os manuscritos permitem acompanham a lógica de composição; o ato de criar, concernindo o texto literário; do silêncio inicial ao ritmo que a escritura persegue, entre rasuras, hesitações, variantes e retomadas, A aposta do geneticista é a recolha de elementos que permitam ver o texto em ação o manuscrito a partir da detecção das descontinuidades do processo de escritura. Este processo criativo pode bem ser explicitado nos manuscritos de Graciliano Ramos, de Gustave Flaubert ou de Guimarães Rosa. O presente artigo busca mostrar o quanto o estudo dos manuscritos acrescentam à compreensão do texto final.

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Biografia do Autor

Lourival Holanda, Universidade Federal de Pernambuco

Doutor em Língua e Literatura Francesa pela Universidade de São Paulo (1992). Professor Associado 1 – UFPE. Diretor da Editora Universitária da UFPE.

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Publicado

2017-08-03

Como Citar

HOLANDA, L. Os manuscritos literários: memória em processo. Signum: Estudos da Linguagem, [S. l.], v. 20, n. 2, p. 181–201, 2017. DOI: 10.5433/2237-4876.2017v20n2p181. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/signum/article/view/27588. Acesso em: 30 abr. 2024.