Em Busca do tempo perdido de Marcel Proust não é um romance (Determinismo e imprevisibilidade nos cadernos de rascunho)

Autores

  • Philippe Léon Willemart Universidade de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.5433/2237-4876.2017v20n2p228

Palavras-chave:

Proust, manuscrito, imprevisibilidade, crítica genética

Resumo

Tornar visível e inteligível uma relação entre o estudo da gênese dos textos literários e a teoria do Caos determinístico. Em termos de crítica genética, o sentido que tiraremos de nossos estudos sobre o manuscrito, dependerá para Em busca do tempo perdido de Proust do agenciamento da nova forma entre o romance e o ensaio. O crítico genético apanhará o impacto do ensaio sobre o romance em todos os níveis, da frase ao capítulo passando pelo parágrafo.  Neste artigo, distinguirei o determinismo e a imprevisibilidade da escritura nos 75 cadernos proustianos, isto é, se por uma lado, a escritura proustiana já é determinada nas condições iniciais por pertencer a uma tradição de gênero romanesca ,por outro lado, ela se distancia em numerosas passagens por tocar ao ensaio e à crítica.  Imprevisível na sua complexidade porque a cada causa, isto é, a cada intervenção reflexiva do escritor por um acréscimo ou uma supressão, decorrem efeitos que provocam o afastamento ou a aproximação considerável desta tradição romanesca.

Biografia do Autor

Philippe Léon Willemart, Universidade de São Paulo

Prof.Titular em Literatura Francesa, Departamento de Letras Modernas, Universidade de São Paulo

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Publicado

2017-08-03

Como Citar

WILLEMART, Philippe Léon. Em Busca do tempo perdido de Marcel Proust não é um romance (Determinismo e imprevisibilidade nos cadernos de rascunho). Signum: Estudos da Linguagem, [S. l.], v. 20, n. 2, p. 228–245, 2017. DOI: 10.5433/2237-4876.2017v20n2p228. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/signum/article/view/26820. Acesso em: 3 jul. 2024.