Cláusulas relativas na fala espontânea do português do Brasil: Um estudo exploratório baseado no corpus c-oral-brasil
DOI:
https://doi.org/10.5433/2237-4876.2016v19n2p342Palavras-chave:
Fala espontânea, Cláusulas relativas, Linguística de CorpusResumo
Este artigo sistematiza o resultado de investigações exploratórias sobre as cláusulas relativas encontradas no minicorpus de fala espontânea do português do Brasil (PB), etiquetado informacionalmente, extraído do corpus C-ORAL-BRASIL. A seleção dos dados enfocou a identificação dos enunciados nos quais as cláusulas relativas ocorrem. Para essa tarefa, utilizou-se a plataforma DB – IPIC (Panunzi & Gregori, 2011). Em seguida, para triagem das cláusulas relativas, empregou-se a ferramenta computacional AntConc (Anthony, 2013). Para verificação da estrutura informacional dos enunciados, adotou-se o programa WinPitch (Martin, 2004). Os resultados encontrados: (i) corroboram, em termos prosódicos, a diferença entre cláusulas relativas restritivas e relativas não-restritivas – as primeiras ocorrem linearizadas numa mesma unidade informacional e as últimas, padronizadas em mais de uma unidade informacional; e (ii) demonstram que no PB, ambas ocorrem preferencialmente na unidade de COM, e mesmo o padrão informacional preferencial das relativas não-restritivas é resultado da combinação com uma unidade informacional de COM. Além disso, o artigo apresenta uma descrição de cláusulas relativas através de um modelo diagramático que permite alcançar: (i) as relações internas entre cláusula relativa e principal; e (ii) a estrutura informacional definidora da estrutura interna dos enunciados – escopo de realização das cláusulas relativas.
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