Línguas indígenas & língua portuguesa em comunidades indígenas do sul de Mato Grosso do Sul

Autores

  • Marilze Tavares Universidade Federal da Grande Dourados

DOI:

https://doi.org/10.5433/2237-4876.2016v19n2p368

Palavras-chave:

Língua guarani kaiowá, Língua guarani ñandeva, Língua portuguesa

Resumo

A maioria dos indígenas adultos das comunidades Guarani de Mato Grosso do Sul é bilíngue – tem uma das línguas indígenas, Guarani Kaiowá ou Guarani Ñandeva, como língua materna e a língua portuguesa como segunda língua; somente alguns idosos e crianças pequenas que ainda não vão para a escola falam apenas à língua materna. Neste trabalho, procuramos verificar que impressões os falantes demonstram ter de cada uma dessas línguas e que importância atribuem a cada uma delas. A análise dos dados, isto é, dos depoimentos dos falantes que participaram da pesquisa, mostrou que a língua materna está intimamente relacionada com a expressão da cultura tradicional; em geral, os indígenas afirmam que as línguas indígenas estão sendo transmitidas às novas gerações e, portanto, preservadas de forma adequada nas duas comunidades. Já a língua portuguesa também é considerada muito importante por todos os informantes, sendo a motivação principal de seu ensino/aprendizado a necessidade de contato com a população não indígena. Os resultados desta pesquisa poderão contribuir para compreendermos, entre outras, questões relacionadas ao futuro dessas línguas indígenas e da língua portuguesa nas comunidades investigadas.

 

Biografia do Autor

Marilze Tavares, Universidade Federal da Grande Dourados

Mestre em Estudos Linguísticos pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul – UFMS (2004), doutora em Estudos da Linguagem pela Universidade Estadual de Londrina – UEL (2015), professora efetiva do curso de Letras da Universidade Federal da Grande Dourados – UFGD. 

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Publicado

2016-12-16

Como Citar

TAVARES, Marilze. Línguas indígenas & língua portuguesa em comunidades indígenas do sul de Mato Grosso do Sul. Signum: Estudos da Linguagem, [S. l.], v. 19, n. 2, p. 368–390, 2016. DOI: 10.5433/2237-4876.2016v19n2p368. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/signum/article/view/23052. Acesso em: 2 jul. 2024.