O projeto arqueológico e a possibilidade de ver e dizer na mídia
DOI:
https://doi.org/10.5433/2237-4876.2013v16n1p77Palavras-chave:
Enunciados. Saber. Mídia.Resumo
O objetivo deste estudo é problematizar alguns enunciados veiculados pela mídia, tomando como hipótese a ideia de que o dizível e o visível construídos pelo trabalho interpretativo da rede midiática tornam possível a compreensão do nosso presente. Para a construção de um dispositivo de análise que permita a problematização da atualidade, o referencial teórico é constituído, principalmente, pelos fundamentos do projeto arqueológico de Michel Foucault. Os enunciados que circulam na mídia são atravessados por discursos de outras instâncias enunciativas, que, reconfigurados, povoam os dizeres que circulam nos lugares mais diversos, incluindo os próprios modos de existência dos sujeitos. O discurso competente faz funcionar um jogo de verdade, ou mais precisamente, se encaixa no que Foucault analisou como parte de um sistema de exclusão, a vontade de verdade. Tal vontade é sustentada por um suporte institucional, que assegura o acesso, os comentários, os esquecimentos e a redistribuição dos vários discursos. Assim, acabamos por incluir novas medidas em nosso cotidiano e excluímos hábitos e modos de fazer que nos acompanham por longo tempo. Essa dinâmica faz funcionar uma rede importante de agenciamentos e dispositivos. Isso demonstra um trabalho sutil e eficaz da relação poder/saber.
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