Uma análise das crenças e atitudes linguísticas dos falantes do oeste do Paraná
DOI:
https://doi.org/10.5433/2237-4876.2012v15n1p77Palavras-chave:
Variação Linguística. Sociedade. Crenças e Atitudes Linguísticas.Resumo
Este artigo apresenta resultados do estudo sobre crenças e atitudes linguísticas em dados colhidos dos inquéritos realizados para o Estudo Geossociolinguístico da Fala do Oeste do Paraná (BUSSE, 2010). O Oeste paranaense teve sua formação marcada pela homogeneidade étnica e cultural. O sentimento e a crença de recriar no Brasil a vida e a cultura da terra natal, dos imigrantes europeus, foram transferidos, pelos seus descendentes gaúchos e catarinenses, para o Oeste na formação das comunidades. A língua, assim como outros aspectos da cultura, tornou-se um elemento de ligação com a pátria-mãe, a Europa, e a segunda pátria, o Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Neste contexto multilíngue, e diante da complexidade e dinamicidade dos aspectos sociais, culturais e econômicos, a descrição da fala deve considerar os elementos que realçam as características relacionadas ao prestígio e aos estigmas dos diferentes grupos presentes nas comunidades, e que conduzem a certas atitudes e comportamentos. Pretende-se, portanto, descrever e analisar a estreita e complexa relação entre língua e sociedade, na qual se revela uma série de comportamentos sociais com relação aos falantes e à língua.
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