Os níveis sociolingüísticos
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-0383.1979v1n3p15Resumen
O autor mostra que é razoável postular três níveis para o português falado em Londrina, de um ponto de vista sociolinguístico. No entanto, os resultados são aplicáveis ao português em geral e até à língua de qualquer comunidade lingüística. Algumas tendências da sociologia reconhecem três níveis, alto, médio e baixo na estrutura da sociedade. Paralelamente, podemos postular os níveis A, B e C para a linguagem de uma comunidade. O nível A seria o ideal lingüístico da comunidade é o tipo de linguagem digno de ser imitado como p. ex., a linguagem literária e a língua escrita de um modo geral bem como a linguagem falada em situações formais. O nível C é o extremo oposto. Ele é a fala das classes baixas urbanas e das comunidades rurais em geral. É, assim, uma variedade de linguagem estigmatizada, vitanda. O nível B, por outro lado, está a meio caminho entre ambas as variedades lingüísticas. Ele é o menos marcado sociologicamente. Sugere-se a aplicação da distinção feita a diversas questões lingüísticas como, por exemplo, ao problema do "certo" e do "errado", ao ensino da língua vernácula, à definição da "norma lingüística" e à conceituação das variações diatópicas e diastráticas. Por fim apresenta-se uma curta análise do português londrinense segundo os princípios acima apresentados.
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