História e linguagem: o tema da imigração nas páginas do jornal O Estado (1936-1938)
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-0383.2024v45n1p137Palabras clave:
Jornal, Imprensa, Imigração, Governo VargasResumen
Esta pesquisa analisa de que maneira o tema da imigração foi representado nas páginas do jornal O Estado, publicado entre outubro de 1936 e fevereiro de 1938. Nosso objetivo principal é responder ao problema que norteia esta investigação: o tema da imigração foi representado de forma homogênea nesse periódico? Nossa hipótese de trabalho é a de que alguma variação exista. Verificar-se-á, nas páginas seguintes, se essa hipótese é procedente ou não. A metodologia de pesquisa adota uma abordagem qualitativa, que toma como procedimento técnico a combinação entre a pesquisa documental e bibliográfica. Em relação o objetivo do estudo ele tem um caráter descritivo e explicativo; finalmente, as bases lógicas da investigação são norteadas pelo raciocínio hipotético-dedutivo. Tendo criado um projeto para unificar a cultura nacional, o governo Vargas estabeleceu forte controle sobre os meios de comunicação e os utilizava para disseminar os valores culturais de interesse do regime. Entretanto, apareceu um obstáculo à sua concretização, pois a constante chegada de imigrantes no país dificultava a consolidação da homogeneização racial e cultural do Brasil. Isso porque os imigrantes recém-chegados traziam com eles não apenas a sua força de trabalho, mas também a cultura de seu país de origem.
Descargas
Citas
A CONSTITUIÇÃO e a imigração. O Estado, Curitiba, ano I, n. 108, 6 fev. 1937, p. 2.
A FOBIA da nacionalização. O Estado, Curitiba, ano I, n. 75, 29 dez. 1936, p. 2.
A IMIGRAÇÃO de europeus para o Brasil. O Estado, Curitiba, ano I, n. 205, 25 maio 1937, p. 2.
A IMIGRAÇÃO e o empecilho constitucional. O Estado, Curitiba, ano I, n. 60, 10 dez. 1936, p. 2.
A NACIONALIZAÇÃO do ensino. O Estado, Curitiba, ano II, n. 371, 26 nov. 1937, p. 2.
A NECESSIDADE da imigração. O Estado, Curitiba, ano II, n. 333, 10 out. 1937, p. 2.
AINDA a quota de imigração. O Estado, Curitiba, ano I, n. 63, 13 dez. 1936, p. 2.
ALENCASTRO, Luiz Felipe de. O trato dos viventes: formação do Brasil no Atlântico Sul. São Paulo: Companhia das Letras, 2000.
ARTIGO do professor Deffontaines sobre a economia brasileira. O Estado, Curitiba, ano I, n. 205, 25 maio 1937, p. 1.
BARROS, Jose D Assunção. O jornal como fonte histórica. Petrópolis, RJ: Vozes, 2023. E-book. Disponível em: https://plataforma.bvirtual.com.br. Acesso em: 12 jun. 2024.
BRASIL. Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil. Rio de Janeiro, DF: Assembleia Nacional Constituinte, 1937. Disponível em: https://www2.camara.leg.br/legin/fed/consti/1930-1939/constituicao-35093-10-novembro-1937-532849-publicacaooriginal-15246-pl.html. Acesso em: 12 jun. 2024.
BRASIL. Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil. Rio de Janeiro, DF: Assembleia Nacional Constituinte, 1934a. Disponível em: https://www2.camara.leg.br/legin/fed/consti/1930-1939/constituicao-1934-16-julho-1934-365196-publicacaooriginal-1-pl.html. Acesso em: 12 jun. 2024.
BRASIL. Decreto n. 21.240, de 4 de abril de 1932. Nacionaliza o serviço de censura dos filmes cinematográficos, cria a "Taxa cinematográfica para a educação popular" e dá outras providências. Rio de Janeiro, DF: Presidência da República, 1932. Disponível em: https://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/1930-1939/decreto-21240-4-abril-1932-515832-publicacaooriginal-81522-pe.html. Acesso em: 12 jun. 2024.
BRASIL. Decreto n. 24.651, de 10 de julho de 1934. Cria, no Ministério da Justiça e Negócios Interiores, o Departamento de Propaganda e Difusão Cultural. Rio de Janeiro, DF: Presidência da República, 1934b. Disponível em: https://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/1930-1939/decreto-21240-4-abril-1932-515832-publicacaooriginal-81522-pe.html. Acesso em: 12 jun. 2024.
CAMPANHA contra os estrangeiros indesejáveis. O Estado, Curitiba, ano II, n. 359, 11 nov. 1937a, p. 1.
CAMPANHA nacionalista. O Estado, Curitiba, ano II, n. 424, 29 jan. 1938, p. 1.
CAMPANHA nacionalizadora. O Estado, Curitiba, ano II, n. 390, 18 dez. 1937b, p. 8.
CAPELATO, M. H. Propaganda política e controle dos meios de comunicação. In: PANDOLFI, D. (org.). Repensando o Estado Novo. Rio de Janeiro: Ed. Fundação Getúlio Vargas, 1999. p. 167-178.
ERBOLATO, Mário L. A censura à imprensa durante o Estado Novo. Comunicarte, Campinas, v. 2, n. 4, p. 131-152, 1984.
FERREIRA, Marieta de Moraes. Diário pessoal, autobiografia e fontes orais: a trajetória de Pierre Deffontaines. In: INTERNATIONAL ORAL HISTORY CONFERENCE, 10., 1998, Rio de Janeiro. Anais [...]. Rio de Janeiro: CPDOC, 1998. v. 1, p. 379-386.
MAUL, C. Legítima defesa. O Estado, Curitiba, ano II, n. 340, 19 out. 1937, p. 2.
MEDIDA de emergência. O Estado, Curitiba, ano II, n. 426, 1 fev. 1938, p. 1.
NACIONALISMO. O Estado, Curitiba, ano II, n. 334, 11 out. 1937a, p. 2.
NACIONALISMO. O Estado, Curitiba, ano II, n. 372, 27 nov. 1937b, p. 2.
ONDE está o mal. O Estado, Curitiba, ano II, n. 332, 9 out. 1937, p. 2.
OSTOS, Natascha Stefania Carvalho. Terra adorada, mãe gentil: representações do feminino e da natureza no Brasil da Era Vargas (1930-1945). 2009. Tese (Mestrado em História) - FAFICH/UFMG, Minas Gerais, 2009.
PANDOLFI, D. C. Censura no Estado Novo. Concinnitas, Rio de Janeiro, v. 2, n. 33, p. 103-113, dez. 2018.
PILOTTO, Osvaldo. Cem anos de imprensa no Paraná (1854-1954). Curitiba: Instituto Histórico Geográfico e Etnográfico Paranaense, 1976.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2024 Márcio Santos de Santana, Higor Jardim Evangelista
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial 4.0.
Semina: Ciências Sociais e Humanas adopta la licencia CC-BY-NC para sus publicaciones, siendo el copyright del autor, en los casos de republicación recomendamos que los autores indiquen la primera publicación en esta revista.
Esta licencia permite copiar y redistribuir el material en cualquier medio o formato, remezclarlo, transformarlo y desarrollarlo, siempre que no sea con fines comerciales. Y debe darse el debido crédito al creador.
Las opiniones expresadas por los autores de los artículos son de su exclusiva responsabilidad.
La revista se reserva el derecho de introducir cambios normativos, ortográficos y gramaticales en los originales para mantener el nivel culto de la lengua y la credibilidad del vehículo. No obstante, respetará el estilo de redacción de los autores. Los cambios, correcciones o sugerencias de carácter conceptual se enviarán a los autores cuando sea necesario.
