Comunicação e design do oprimido: o lúdico como possibilidade para dinâmicas participativas em fenômenos midiáticos
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-0383.2025.v46.51019Palavras-chave:
Comunicação, Design, Oprimido, Participação, BrincarResumo
A pesquisa parte da noção de Oprimido, conforme Augusto Boal, como uma categoria midiática. A partir disso, discute processos, sejam eles de Comunicação (cujo principal aporte teórico é Vilém Flusser) ou de Design (amparado primordialmente em Eric Zimmerman), em que essa categoria do Oprimido é (mais ou menos) substituída pela noção de Participante, conceito aqui trabalhado em consonância com as reflexões do extinto coletivo artístico Interacting Arts. A pesquisa se debruça sobre o potencial de compreender fenômenos midiáticos que evocam a maior autonomia dos indivíduos envolvidos, em contraposição à passividade muitas vezes perpetrada por produtos de comunicação e/ou design. Como metodologia, ampara-se num olhar fenomenológico, ensaístico, com auxílio de pesquisa bibliográfica.
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