Pesquisa-experiência em educação ambiental: exercícios (eco)lógicos para gestão dos resíduos
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-0383.2019v40n2p167Palavras-chave:
Pesquisa-experiência, Educação ambiental, Lixo, Gestão de resíduos.Resumo
O presente texto compartilha o resultado de uma pesquisa-experiência sobre exercícios (eco)lógicos possíveis de autoeducação ambiental, para gestão dos resíduos humanos. Com foco na transformação do pesquisador e de sua relação com a gestão de resíduos, baseou-se em três etapas: observações sistemáticas em uma avenida da cidade de Porto Alegre e em uma universidade privada; busca de informações sobre a gestão de resíduos na internet (plataforma Google) e em uma biblioteca universitária; imersão do pesquisador em uma associação de separação do lixo e realização de entrevista com a responsável pelo local. Inspirada em produções de conhecimento Pós-estruturalistas, a noção de pesquisa-experiência emerge enquanto possibilidade de tatear elementos e fabricar objetos para o pensamento, neste caso, como via de autotransformação do pesquisador na sua relação com a gestão de resíduos. Como resultado, fora possível articular a vivência da experiência com a pesquisa sobre o meio ambiente, refletindo sobre os paradigmas educativo-ambientais e as ideologias de consumo e individualismo que permeiam o cotidiano humano. Através de elementos emergentes no campo da pesquisa, colocou-se em análise a educação ambiental, considerando-a via de transformação das (eco)lógicas cotidianas, alguns de seus impasses, como os aspectos subjetivos ou estruturais que envolvem uma autoeducação ambiental.Downloads
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