Capoeira Angola e suas relações com o mito da democracia racial brasileira

Autores

  • Gabriela Balaguer Universidade de São Paulo - USP

DOI:

https://doi.org/10.5433/1679-0383.2016v37n2p133

Palavras-chave:

Cultura popular, Capoeira, Democracia racial.

Resumo

A capoeira é manifestação cultural largamente conhecida pelos brasileiros e estrangeiros, como parte da cultura e identidade brasileiras. Entretanto, sendo cultura popular negra deve ser compreendida na sua relação com a cultura dominante, em que estão presentes elementos de resistência e consentimento (HALL, 2013). No século XIX e início do XX, a capoeira foi intensamente reprimida pelo Estado, afastando racial e etnicamente o negro da construção da identidade nacional (REIS, 2000). Na década de 30, uma nova narrativa de identidade brasileira, conhecida como democracia racial brasileira, valorizou a integração cultural e biológica das três raças no Brasil (SCHWARZ, 2012; MUNANGA, 1996). Junto às outras manifestações culturais e religiosas, a capoeira é valorizada e integrada ao Estado (PIRES, 2010). O texto pretende trazer apontamentos para se reavaliar o modo de relacionamento da capoeira angola com as questões raciais e étnicas, a partir do questionamento do mito da democracia racial e das contribuições dos estudos culturais (MUNANGA, 1996; CARONE; BENTO, 2002; HALL, 2013).

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Biografia do Autor

Gabriela Balaguer, Universidade de São Paulo - USP

Doutoranda do Departamento de Psicologia Escolar e Desenvolvimento Humano, do Instituto de Psicologia da USP. Professora Colaboradora da UNESPAR.

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Publicado

08.06.2017

Como Citar

BALAGUER, Gabriela. Capoeira Angola e suas relações com o mito da democracia racial brasileira. Semina: Ciências Sociais e Humanas, [S. l.], v. 37, n. 2, p. 133–150, 2017. DOI: 10.5433/1679-0383.2016v37n2p133. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/seminasoc/article/view/27572. Acesso em: 23 nov. 2024.

Edição

Seção

Dossiê