Pesquisa qualitativa em psicologia: o pesquisador bricoleur e o pesquisador máquina

Autores

Palavras-chave:

Pesquisa qualitativa, Pesquisador máquina, Pesquisador bricoleur, Psicologia, Objetividade.

Resumo

Este artigo discute como no campo das ciências sociais o fazer pesquisar encontra-se, por vezes, demasiado preso a procedimentos e distante de criatividade, refletindo em uma menor capacidade de abordar o fenômeno estudado. Na busca de objetividade, a psicologia assumiu a experimentação como a forma ideal de pesquisar, com decorrente desvalorização de abordagens interpretativas, incorrendo no risco de limitar-se ao estudo de fenômenos que não atingem aspectos centrais de seu objeto. A discussão é realizada por meio de estudo bibliográfico e análise conceitual em torno da contraposição de dois tipos de posturas do pesquisador: pesquisador máquina, na perspectiva de Becker (1977), e pesquisador bricoleur ou conversador, expressões emprestadas, respectivamente, de Denzin e Lincoln (2006) e de Spink (2008). Conclui-se que sobre a base de uma formação sólida, o pesquisador pode desprender-se da formalização técnica e criar, conforme o fenômeno e o contexto estudados exigirem. Dessa maneira, pode-se afirmar que a postura bricoleur melhor responde às condições da pesquisa qualitativa no campo das ciências sociais.

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Biografia do Autor

Elisangela Barboza Fernandes, Universidade de São Paulo - USP

Psicóloga, Doutoranda em Psicologia Social pela Universidade de São Paulo e pela Universidade Paris Descartes. 

 

Eduardo de Carvalho Martins, Universidade Federal de São Carlos Universidade Federal Paulista/Baixada Santista

Psicólogo. Doutor em Teoria Psicanalítica, Professor pesquisador na Universidade Federal de São Carlos e Psicólogo na Universidade Federal Paulista/Baixada Santista.

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Publicado

10.05.2016

Como Citar

FERNANDES, E. B.; MARTINS, E. de C. Pesquisa qualitativa em psicologia: o pesquisador bricoleur e o pesquisador máquina. Semina: Ciências Sociais e Humanas, [S. l.], v. 36, n. 2, p. 69–80, 2016. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/seminasoc/article/view/24141. Acesso em: 2 maio. 2024.

Edição

Seção

Artigos Seção Livre