A clínica dos casos difíceis no imaginário de estudantes de psicologia
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-0383.2014v35n1p113Palavras-chave:
Psicanálise, Winnicott, Pacientes difíceis, Procedimento de Desenho-Estória com Tema, Imaginário coletivoResumo
As condutas que ocorrem no contexto da intersubjetividade são organizadas a partir de campos psicológicos não conscientes, que influenciam as práticas individuais e coletivas. Torna-se importante, portanto, considerar o imaginário coletivo dos psicólogos em formação, na medida em que este pode interferir no exercício de sua prática clínica. Este estudo teve como objetivo investigar o imaginário coletivo de terapeutas em formação sobre o atendimento de pacientes considerados difíceis no setting analítico. Com base no método psicanalítico, esta investigação utilizou o Procedimento de Desenhos-Estórias com Tema em entrevista grupal, com a finalidade de problematizar sobre as vicissitudes da clínica contemporânea com estes pacientes. Participaram deste estudo, oito graduandos do oitavo semestre de um curso de psicologia. O material resultante da entrevista constituído pelos desenhos-estórias e a narrativa foi psicanaliticamente analisado, à luz da Teoria dos Campos proposta por Herrmann e em interlocução com o pensamento winnicottiano, permitindo a apreensão dos seguintes campos de sentido afetivo-emocional: “Insegurança”, “Terapeuta Perfeito”, “Mutualidade”, “Vivência”, “Negação da Loucura” e “A Loucura como Tal”. De modo geral, as manifestações imaginárias dos estudantes de psicologia configuram a relação analítica com os pacientes difíceis, por meio da mobilização de sensações de insegurança, angústia, ansiedade, incapacidade e impotência.Downloads
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Semina: Ciências Sociais e Humanas adota para suas publicações a licença CC-BY-NC, sendo os direitos autorais do autor, em casos de republicação recomendamos aos autores a indicação de primeira publicação nesta revista. Esta licença permite copiar e redistribuir o material em qualquer meio ou formato, remixar, transformar e desenvolver o material, desde que não seja para fins comerciais. E deve-se atribuir o devido crédito ao criador.
As opiniões emitidas pelos autores dos artigos são de sua exclusiva responsabilidade.
A revista se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua e a credibilidade do veículo. Respeitará, no entanto, o estilo de escrever dos autores. Alterações, correções ou sugestões de ordem conceitual serão encaminhadas aos autores, quando necessário.