A política dos ciborgs no México e na América Latina
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-0383.2013v34n2p161Palavras-chave:
Cyborgs, Ficção científica, Política neolibera.Resumo
Este artigo enfoca o corpo cyborg na ficção científica mexicana, contrastando-o com as representações em outros países da América Latina. A partir dos anos 1990, autores de ficção científica mexicana escrevem estórias sobre implantes e neo-cyborgs, antecipando em quase uma década o retrato de “cybraceros” de Alex Rivera em seu filme Sleep Dealer (2008). Os cyborgs provocadores do México são distintos daqueles do Cone Sul: eles se relacionam mais frequentemente à tortura e a outras questões políticas não resolvidas do período de redemocratização, enquanto os do Brasil estão relacionados a questões sobre raça e urbanização. Enquanto no México e no Brasil o cyborg é frequentemente usado como crítica às políticas neoliberais e à privatização de empresas públicas, a insistência na personificação do cyborg no México é frequentemente amarrada a questões sobre trabalho e fronteira, problematizando a ideia da mestiçagem-cyborg e da hibridação. Heriberto Yepez questiona conceitos de hibridação que desmerecem o sentido inerente de diferença e luta por meio de um discurso de conciliação. A figura do cyborg mexicano que insiste na importância do tempo de vida de seu corpo, novamente demonstra sua resistência a noções fáceis de hibridação política e cibernética.
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