Biorremediação de solos contaminados com resíduos oleosos através de bioaumentação e atenuação natural

Maitê Carla Deon; Andréia DeRossi; Clinei Dal'Magro; Christian Oliveira Reinehr; Luciane Maria Colla

doi:10.5433/1679-0375.2012v33n1p73

Biorremediação de solos contaminados com resíduos oleosos através de bioaumentação e atenuação natural

Autores

Maitê Carla Deon Universidade de Passo Fundo
Andréia DeRossi Universidade de Passo Fundo
Clinei Dal'Magro Universidade de Passo Fundo
Christian Oliveira Reinehr Universidade de Passo Fundo
Luciane Maria Colla Universidade de Passo Fundo

DOI:

https://doi.org/10.5433/1679-0375.2012v33n1p73

Palavras-chave:

Óleo Diesel, Óleo lubrificante, Óleo de soja, Efluente de laticínios, Isolamento de micro-organismos para biorremediação

Resumo

O potencial de contaminação de solos por vazamentos de óleos vem crescendo, devido à forte industrialização e o desenvolvimento econômico dos países. Diante desse cenário, a biorremediação tem se mostrado uma alternativa para remediar áreas mediante uso de agentes biológicos. Dois micro-organismos, isolados de um efluente rico em lipídios, foram utilizadas nos ensaios de bioaumentação em solos contaminados com óleo diesel, óleo lubrificante e óleo de soja. Ensaios de atenuação natural foram realizados como controles. As remoções do óleo diesel no tempo de 21 d foram de 18,5%, 7,30% e 11,38% respectivamente, para as técnicas de bioaumento com os isolados I1 e I2 e atenuação natural. As remoções do óleo lubrificante foram de 41,6%, 14,16% e 6,91% respectivamente, para as técnicas de bioaumento com os isolados I1 e I2 e atenuação natural, enquanto que para o óleo de soja as remoções foram de 87,8%, 73,9% e 49,4%. Considerando-se as técnicas de bioaumento e atenuação natural, o bioaumento com o isolado I1 apresentou melhores resultados, possivelmente devido à produção de compostos com capacidade de diminuição da tensão superficial durante a fase de preparo do bioaumento.

Biografia do Autor

Luciane Maria Colla, Universidade de Passo Fundo

A Prof. Luciane Maria Colla possui graduação em Engenharia de Alimentos pela Universidade Federal do Rio Grande (1999). Possui mestrado (2002) e doutorado (2009) em Engenharia e Ciência de Alimentos pela Universidade Federal do Rio Grande. Durante o mestrado trabalhou com a otimização da produção da microalga Spirulina platensis e suas propriedades funcionais e nutracêuticas. Realizou o doutorado com a otimização estatística de processos para a produção de lipases e biossurfactantes utilizando fungos filamentosos via bioprocessos submerso e em estado sólido. Atua como docente desde o ano de 2000, primeiramente como professora substituta na Universidade Federal do Rio Grande e a partir de 2002 como professora do curso de Engenharia de Alimentos da Universidade de Passo Fundo, atuando também nos cursos de Farmácia, Engenharia Ambiental e na Especialização em Tecnologia e Controle de Qualidade de Alimentos. Em 2010 passou a integrar o Programa de Pós Graduação em Engenharia da UPF, como professora titular das disciplinas de Microbiologia e Química Aplicada ao Meio Ambiente. Possui 32 artigos publicados em periódicos nacionais e internacionais indexados, 3 artigos aceitos para publicação, 2 capítulos de livros e mais de 220 trabalhos apresentados em anais de eventos. As áreas de atuação envolvem a produção de biocompostos através de fermentações submersa e em estado sólido e a aplicação destes biocompostos nas áreas alimentícia, farmacêutica e ambiental. Atua também utilizando técnicas estatísticas de otimização de processos e na análise sensorial de alimentos.