Doenças tóxicas de bovinos em Mato Grosso do Sul

Autores

  • Roosevelt Isaias Carvalho Souza Universidade Federal do Mato Grosso do Sul
  • Ariany Carvalho dos Santos Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
  • Nickolly Lilge Kawski de Sá Ribas Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
  • Edson Moleta Colodel Universidade Federal de Mato Grosso
  • Paula Velozo Leal Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
  • Rayane Chitolina Pupin Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
  • Nilton Marques Carvalho Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
  • Ricardo Antônio Amaral de Lemos Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

DOI:

https://doi.org/10.5433/1679-0359.2015v36n3p1355

Palavras-chave:

Doenças de bovinos, Intoxicações por plantas, Doenças tóxicas, Estudo retrospectivo, Epidemiologia, Patologia, Mato Grosso do Sul.

Resumo

Foi realizado um estudo retrospectivo de um período de 13 anos, entre 2000 e 2012, nos arquivos do Laboratório de Anatomia Patológica (LAP), da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FAMEZ), Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). Para esse estudo utilizaram-se 2.359 laudos de necropsias de bovinos que tinham conclusão diagnóstica. Em 151 deles (6,40%) as causas de morte foram atribuídas às doenças tóxicas, agrupadas em intoxicações por plantas e outras doenças tóxicas. As intoxicações por plantas foram responsáveis por 88,9% dos surtos diagnosticados. Em ordem decrescente de frequência, as intoxicações pelas seguintes plantas foram descritas: Brachiaria spp. (27,88%), Vernonia rubricaulis (25%), Amorimia pubiflora (11,54%), Senna occidentalis e S. obtusifolia (8,65%), Enterolobium contortisiliquum e polpa cítrica (3,85% cada), Stylosanthes spp. (2,88%), Tetrapterys multiglandulosa (1,92%), Manihot spp., Simarouba versicolor, Crotalaria spp., Pterodon emarginatus e Solanum malacoxylon (0,96% cada). Neste grupo também foram agrupadas as nefropatias tóxicas, responsáveis por 9,62% dos surtos. Dentre as outras doenças tóxicas diagnosticadas, são descritas as intoxicações por chumbo (30,77%), ureia (23,08%), cloreto de sódio, abamectina e acidentes ofídicos (15,38% cada). Neste estudo, 5,6% dos diagnósticos conclusivos realizados em bovinos de Mato Grosso do Sul (MS) durante o período estudado foram atribuídos à ingestão de plantas tóxicas, o que evidencia a importância deste diagnóstico e suas perdas econômicas. Os surtos de intoxicação por Brachiaria spp. foram mais frequentes, mas sua importância como planta tóxica é pequena quando comparada à extensão territorial em que está plantada. Entretanto, os casos subnotificados podem modificar a importância da Brachiaria spp. como planta tóxica.

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Biografia do Autor

Roosevelt Isaias Carvalho Souza, Universidade Federal do Mato Grosso do Sul

Discente de Doutorado do Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, FAMEZ, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, UFMS, Campo Grande, MS.

Ariany Carvalho dos Santos, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

Discente de Doutorado do Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, FAMEZ, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, UFMS, Campo Grande, MS.

Nickolly Lilge Kawski de Sá Ribas, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

Discente de Mestrado do Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal, FAMEZ, UFMS, Campo Grande, MS. E-

Edson Moleta Colodel, Universidade Federal de Mato Grosso

Prof. Adjunto, Deptº de Clínica Médica Veterinária, Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária, Universidade Federal de Mato Grosso, UFMT, Cuiabá, MT.

Paula Velozo Leal, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

Bolsista de Iniciação Científica PIBIC-CNPq, FAMEZ/UFMS, Campo Grande, MS.

Rayane Chitolina Pupin, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

Bolsista de Iniciação Científica PIBIC-CNPq, FAMEZ/UFMS, Campo Grande, MS.

Nilton Marques Carvalho, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

Técnico de Nível Superior, Médico Veterinário, FAMEZ/ UFMS, Campo Grande, MS.

Ricardo Antônio Amaral de Lemos, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

Prof. Adjunto do Curso de Medicina Veterinária, FAMEZ/UFMS, Campo Grande, MS.

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Publicado

2015-06-10

Como Citar

Souza, R. I. C., Santos, A. C. dos, Ribas, N. L. K. de S., Colodel, E. M., Leal, P. V., Pupin, R. C., … Lemos, R. A. A. de. (2015). Doenças tóxicas de bovinos em Mato Grosso do Sul. Semina: Ciências Agrárias, 36(3), 1355–1368. https://doi.org/10.5433/1679-0359.2015v36n3p1355

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