Atividade antifúngica contra Alternaria solani e controle da pinta preta do tomateiro por óleo essencial de bergamota

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5433/1679-0359.2020v41n5supl1p1861

Palavras-chave:

Citrus aurantium, Controle alternativo, Indução de resistência.

Resumo

A pinta preta (causada pelo fungo Alternaria solani) causa prejuízos significativos na cultura do tomateiro, afetando diretamente a produtividade. Uma alternativa ao uso frequente de agrotóxico é a utilização de óleos essenciais, que podem atuar na defesa contra fitopatógenos. O objetivo deste trabalho foi avaliar a atividade tóxica in vitro do óleo essencial de bergamota (Citrus aurantium subsp. bergamia) contra A. solani, o controle da pinta preta e a atividade de enzimas de defesa em tomateiros tratados com esse óleo e inoculados com A. solani. Discos miceliais de A. solani foram adicionados em placas com meio de cultura V8 adicionado de óleo essencial nas concentrações de 0, 500, 1000, 1500, 2000 e 2500 µL L-1, além de um tratamento padrão com fungicida (azoxistrobina + difenoconazol, 200 + 125 g L-1 respectivamente). As placas de Petri foram incubadas a 25 °C no escuro. O crescimento micelial foi avaliado diariamente, por 19 dias, quando todos os tratamentos atingiram o máximo crescimento, sendo então feita a análise da esporulação. Aos 30 dias após o transplantio, o segundo par de folhas de plantas de tomate foram tratadas com óleo essencial de bergamota e de fungicida nas concentrações de óleo citados. Após 72 horas o patógeno foi inoculado com borrifador, nas folhas tratadas (segundo par de folhas) e nas não tratadas (terceiro par de folhas). A área abaixo da curva de progresso da doença (AACPD) foi calculada com base em cinco avaliações de severidade. A atividade de peroxidase (POX), polifenoloxidase (PPO) e fenilalaninaamônia-liase (PAL) foi avaliada em folhas tratadas com a concentração de 2500 µL L-1 de óleo essencial. A concentração de 2500 ?L L-1 reduziu o crescimento micelial e a esporulação do patógeno, em 68,15% e 29,48%, respectivamente. Nos tratamentos com aplicação de óleo essencial, a menor AACPD foi observada para a concentração de 2500 ?L L-1, sendo semelhante estatisticamente ao observado para a aplicação de fungicida, tanto nas folhas tratadas quanto nas não tratadas. Foi constatada uma maior atividade de PPO, POX e PAL de maneira local e sistêmica, tanto no 2° quanto no 3° par de folhas, na concentração de 2500 ?L L-1. O óleo essencial de bergamota pode ser uma alternativa no controle da pinta preta do tomateiro.

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Biografia do Autor

Camila Hendges, Universidade Estadual do Oeste do Paraná

Discente do Curso de Doutorado do Programa de Pós-Graduação em Agronomia, Universidade Estadual do Oeste do Paraná, UNIOESTE, Marechal Cândido Rondon, PR, Brasil.

José Renato Stangarlin, Universidade Estadual do Oeste do Paraná

Prof. Dr., Programa de Pós-Graduação em Agronomia, UNIOESTE, Marechal Cândido Rondon, PR, Brasil.

Márcia de Holanda Nozaki, Pontifícia Universidade Católica do Paraná

Profª Drª, Pontifícia Universidade Católica do Paraná, PUCPR, Toledo, PR, Brasil.

Eloisa Lorenzetti, Universidade Estadual do Oeste do Paraná

Drª Engª Agrª, UNIOESTE, Marechal Cândido Rondon, PR, Brasil.

Odair José Kuhn, Universidade Estadual do Oeste do Paraná

Prof. Dr., Programa de Pós-Graduação em Agronomia, UNIOESTE, Marechal Cândido Rondon, PR, Brasil.

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Publicado

2020-08-07

Como Citar

Hendges, C., Stangarlin, J. R., Nozaki, M. de H., Lorenzetti, E., & Kuhn, O. J. (2020). Atividade antifúngica contra Alternaria solani e controle da pinta preta do tomateiro por óleo essencial de bergamota. Semina: Ciências Agrárias, 41(5supl1), 1861–1874. https://doi.org/10.5433/1679-0359.2020v41n5supl1p1861

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