Produção de forragem de ramos e rebrotas de maniçoba nativa

Autores

  • João Alberto Ferreira Rangel Universidade Federal da Paraíba
  • Olaf Andreas Bakke Universidade Federal de Campina Grande
  • José Evanaldo Rangel da Silva Universidade Federal de Campina Grande
  • Izabela Souza Lopes Rangel Universidade Federal da Paraíba

DOI:

https://doi.org/10.5433/1679-0359.2017v38n6p3767

Palavras-chave:

Árvore forrageira, Intensidade de corte, Manihot glaziovii, Semiárido.

Resumo

O crescimento e a produção de forragem de Manihot glaziovii foram avaliados em plantas se desenvolvendo em Itapetim-PE, Brasil, através de um experimento no delineamento em blocos casualizados com 4 tratamentos (intensidades de corte dos ramos: 0, 33, 50 e 100%) para analisar o aumento em altura e diâmetro. Adicionalmente, foram considerados3x2 tratamentos fatoriais (três intensidades de corte dos ramos: 33, 50 e 100%, e dois tipos de material forrageiro coletado: Ramos com diâmetro < 10mm e respectivas rebrotas desses 1 ano após serem cortados) para analisar parâmetros de quantidade e qualidade da forragem. O aumento na altura foi afetado (P < 0,05) pela intensidade de corte dos ramos (0,29, 0,11, 0,43 e -0,04 m planta-1, respectivamente para 0; 33; 50 e 100% de intensidade de corte), enquanto o do diâmetro (3,97mm planta-1) não foi afetado. Houve interação (P < 0,05) entre os fatores estudados para a produção de forragem: as médias foram consideradas semelhantes (P > 0,05) na primeira (ramos) e segunda (rebrotas) coletas para as intensidades de corte 33% (0,66 e 0,75kg de matéria seca planta-1, respectivamente) e 50% (1,40 e 1,73kg de MS planta-1, respectivamente), e diminuiu da primeira para a segunda coleta (P < 0,05) na intensidade de 100% (3,37 e 2,06kg de MS planta-1, respectivamente). Foi observada interação entre os fatores para algumas variáveis de qualidade da forragem: os teores de fibra em detergente neutro se mantiveram constantes (P > 0,05), entre 50,57 e 54,41%, na forragem dos ramos e das rebrotas nas intensidades de corte 33 e 50%, e aumentaram (P < 0,05) para 62,20% nas rebrotas das plantas submetidas a 100% de intensidade de corte; os teores de fibra em detergente ácido aumentaram (P < 0,05) de um patamar em torno de 38,4% para até 46,63%, nas rebrotas das plantas submetidas a 100% de intensidade de corte. Os teores de proteína bruta (entre 8,72 e 10,08%) e extrato etéreo (entre 2,74 e 4,35%) não foram afetados (P > 0,05). O teor de matéria mineral foi maior (P < 0,05) nas rebrotas nas três intensidades de corte, e chegou a 5,9%. Pode-se coletar até 50% dos ramos com Ø < 10mm de Manihot glaziovii e respectivas rebrotas de um ano sem prejudicar a qualidade e a quantidade (até 1,73kg de MS planta-1) da forragem coletada.

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Biografia do Autor

João Alberto Ferreira Rangel, Universidade Federal da Paraíba

Engº Agrº, M.e em Zootecnia, Técnico em Agropecuária, Departamento de Ciência Animal, Universidade Federal da Paraíba, UFPB, Centro de Ciências Humanas, Sociais e Agrárias, CCHSA, Bananeiras, PB, Brasil.

Olaf Andreas Bakke, Universidade Federal de Campina Grande

Engº Agrº, Zootecnista, Prof. Dr., Unidade Acadêmica de Engenharia Florestal, Universidade Federal de Campina Grande, UFCG, Centro de Saúde e Tecnologia Rural, CSTR, Patos, PB, Brasil.

José Evanaldo Rangel da Silva, Universidade Federal de Campina Grande

Engº Florestal, M.e em Ciências Florestais pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências Florestais, UFCG, Centro de Saúde e Tecnologia Rural, CSTR, Patos, PB, Brasil.

Izabela Souza Lopes Rangel, Universidade Federal da Paraíba

Engº Florestal, Profª Drª, Departamento de Agricultura, UFPB, Centro de Ciências Humanas, Sociais e Agrárias, CCHSA, Bananeiras, PB, Brasil.

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Publicado

2017-11-23

Como Citar

Rangel, J. A. F., Bakke, O. A., Silva, J. E. R. da, & Rangel, I. S. L. (2017). Produção de forragem de ramos e rebrotas de maniçoba nativa. Semina: Ciências Agrárias, 38(6), 3767–3778. https://doi.org/10.5433/1679-0359.2017v38n6p3767

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