A diplomática contemporânea: reflexões sobre sua aplicabilidade na era digital

Autores

  • William Silva Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul – IFRS
  • Daniel Flores Universidade Federal de Santa Maria - UFSM

DOI:

https://doi.org/10.5433/1981-8920.2018v23n1p351

Palavras-chave:

Diplomática Contemporânea, Tipologia Documental, Classificação, Autenticidade, Documentos Arquivísticos Digitais

Resumo

Introdução: Ao longo de muito tempo, a Diplomática contribuiu significativamente para a identificação da autenticidade dos documentos, ampliando seu rol de atuação quando foi influenciada por outras disciplinas, tais como a Arquivística moderna, que potencializou o seu objeto de estudo, mostrando a profunda ligação entre a espécie e sua atividade geradora. Objetivo: O presente trabalho tem como objetivo realizar reflexões acerca da evolução da Diplomática Clássica para a Diplomática Contemporânea, a relação entre esta disciplina e a Classificação Documental e os seus impactos diante a era digital, na constituição do processo de autenticidade dos documentos arquivísticos digitais. Metodologia: A natureza pesquisa é classificada como básica, a forma de abordagem é classificada como qualitativa, o objetivo da pesquisa classificada como exploratória, envolvendo levantamento bibliográfico a respeito da diplomática na sua relação com a arquivística e a empregabilidade na era digital. Resultados: Após a pesquisa, compreende-se que a Diplomática perpassa os tempos, diante os aspectos de estudo da espécie documental, até o momento de sua relação com a Arquivística moderna, quando compreende o universo de estudo da Tipologia Documental, identificando-se com a Classificação, enquanto função matricial da Arquivística moderna, e utilizando dos recursos da análise da autenticidade no ambiente digital. Conclusão: É evidente que há uma relação intrínseca entre a Diplomática, em sua perspectiva contemporânea, com a Arquivística moderna, tanto na compreensão dos aspectos da tipologia documental, quanto como ferramenta essencial na análise da autenticidade no ambiente digital.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

William Silva, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul – IFRS

Mestre em Patrimônio Cultural pela Universidade Federal de Santa Maria – UFSM. Professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul – IFRS.

Daniel Flores, Universidade Federal de Santa Maria - UFSM

Professor da Universidade Federal de Santa Maria – UFSM.

Referências

BELLOTTO, H. L. Arquivo: estudos e reflexões. Belo Horizonte: Ed. da UFMG, 2014.

CONSELHO INTERNACIONAL DE ARQUIVOS. Dicionário de terminologia arquivística. Paris: CIA, 1984.

CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS (BRASIL). Carta para preservação do patrimônio arquivístico digital. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 2005.

CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS (BRASIL). e-Arq Brasil: modelo de Requisitos para Sistemas Informatizados de Gestão Arquivística de Documentos. Versão 1.1. - Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 2011.

CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS (BRASIL). Diretrizes para a presunção de autenticidade de documentos arquivísticos digitais. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 2012.

CORTÉS ALONSO, V. Principios y tecnicas archivisticas. In: Manual de archivos municipales. Madrid: ANABAD, 1989.

COUTURE, C. Les functions de L’Archivistique contemporaine. Quebec: Presses de l’ Université du Québec, 1999.

DURANTI, L. Diplomática: novos usos para uma antiga ciência (parte V). Acervo, Rio de Janeiro, v. 28, n. 1, p. 196-215, jan./jun. 2015.

HEREDIA HERRERA, A. Archivistica general: Teoria y practica, Sevilha: Diputación de Sevilha, 1991.

INNARELLI, H. C. Gestão de preservação de documentos arquivísticos digitais: proposta de um modelo conceitual. 2015. Teste (Doutorado em Ciencia da Informação) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2015.

JENKINSON, H. A Manual of Archive Administration. Oxford, Clarendon Press, Part III; “Modern Archives”, 1922.

LOPEZ, A. P. A. História e arquivos: interfaces. In: Introdução ao estudo da história – Formação de professores (EAD), n. 27, Maringá: EDUEM, 2005.

RODRIGUES, A. C. Diplomática contemporânea: como fundamento metodológico da identificação de tipologia documental em arquivos. 2008. Tese (Doutorado em História Social) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2008.

ROGERS, C. A literature review of authenticity of records in digital systems: from ‘machine-readable’ to records in the cloud. Acervo, Rio de Janeiro, v. 29, n. 2, p. 16-44, jul./dez. 2016.

RONDINELLI, R. C. O Conceito de documento arquivístico frente à realidade digital: uma revisitação necessária. 2011. Tese (Doutorado em Ciência da Informação) – Universidade Federal Fluminense, Rio de Janeiro, 2011.
SCHELENBERG, T. R. Manual de arquivos. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 1959.

SCHELENBERG, T. R. Caracteres dos documentos. Documentos públicos e privados: arranjo e descrição. Trad. Manoel A. Wanderley. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 1963.

SCHELENBERG, T. R. Arquivos Modernos. Princípios e técnicas. Tradução de Nilza Teixeira Soares. 6ª Ed. Rio de Janeiro: FGV, 2006.

SOUSA, R. T. B. Classificação em arquivística: trajetória e apropriação de um conceito. 2004. Tese (Doutorado em História) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2004.

TOGNOLI, N. B.; GUIMARÃES, J.A.C. A Diplomática Contemporânea como base metodológica para a organização do conhecimento arquivístico: perspectivas de inovação a partir das idéias de Luciana Duranti. In: ROMERO, N. L. (ed.; org.). Nuevas perspectivas para la difusion y organización del conocimiento. Valência: Universidad Politécnica de Valencia, v. 1, p. 38-47, 2009.

VAZQUEZ, M. Reflexiones sobre el termino tipo documental. In: De archivos y archivistas: homenaje a Aurellio Tanodi. Washington: OEA, 1987, p. 177-185.

Downloads

Publicado

2018-12-17

Como Citar

Silva, W., & Flores, D. (2018). A diplomática contemporânea: reflexões sobre sua aplicabilidade na era digital. Informação & Informação, 23(1), 351–370. https://doi.org/10.5433/1981-8920.2018v23n1p351

Edição

Seção

Artigos