A bibliotecária dinamarquesa e a negociação cultural: novo paradigma para a mediação e apropriação da informação
DOI:
https://doi.org/10.5433/2317-4390.2016v5n2p143Palavras-chave:
Mediação, Negociação cultural, Apropriação, Biblioteca, Cultura escritaResumo
Introdução: Apresenta resultados de tese de doutoramento.
Objetivo: contribuir para a definição e desenvolvimento do conceito de “negociação cultural”, compreendido como categoria teorico-metodológica fundamental aos processos de mediação voltados à apropriação da informação.
Metodologia: Foi utilizada metodologia colaborativa, processo de construção científica baseado na interlocução entre saberes e fazeres científicos e “da ação”, adotando-se, porém, perspectiva que não reduz ou sobrepõe uns aos outros.
Resultados: Os resultados mostram que, reconhecendo e incorporando a seus conceitos e processos os conflitos provocados pelas divergências e/ou assimetrias existentes entre os diferentes sujeitos, grupos, segmentos, categorias, matrizes socioculturais (leitores/não-leitores, tradição oral/cultura escrita), o dispositivo apresentado (biblioteca pública na Dinamarca), diferentemente de outros do mesmo teor, mais que instâncias de controle e/ou de difusão, são instâncias de negociação cultural, envolvendo sujeitos, textos e contextos em processos ativos, complexos e afirmativos de apropriação de informação e cultura, incluída aí - mas não exclusivamente - a cultura escrita.
Conclusões: O conceito de negociação cultural aponta, portanto, para perspectivas novas, tanto em relação à apropriação da cultura escrita, como da cultura em geral. Dá mostras, ao mesmo tempo, de poder contribuir para a redefinição indispensável de práticas e conceitos de mediação da informação e seus paradigmas.
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