Pesquisa escolar significativa e o bibliotecário: questão essencial para a infoeducação
DOI:
https://doi.org/10.5433/2317-4390.2016v5n2p32Palavras-chave:
Pesquisa escolar, Pesquisa significativa, Infoeducação, Biblioteca escolar, Mediador cultural, Dispositivos informacionais educativosResumo
Introdução: A pesquisa escolar e as dificuldades para torná-la prática qualificada e efetiva no cotidiano da educação de crianças e jovens, em nosso país, é tema recorrente tanto para bibliotecários, como para professores e demais educadores em geral.
Objetivo: A partir da problematização de enfoques que apontam causas de ordem pedagógica e metodológica para tais dificuldades, o artigo apresenta e defende a concepção de pesquisa significativa, noção que alarga perspectivas da pesquisa como ato de conhecimento pelos mais variados segmentos infantis e juvenis.
Metodologia: Ancorando-se nos fundamentos da Infoeducação, a noção de pesquisa significativa é discutida a partir do papel essencial dos dispositivos informacionais educativos e do bibliotecário, tomado como mediador cultural.
Resultados: O estudo mostrou que a pesquisa significativa encontra-se em relação direta com os chamados dispositivos informacionais dialógicos, uma vez que tais instâncias de mediação cultural, por serem orientadas por princípios da apropriação informacional, conforme proposto pela Infoeducação, são capazes de resignificar relações dos sujeitos com a informação e o conhecimento. A ordem resultante das articulações entre ambiente, linguagens, repertórios, práticas informacionais e pedagógicas, nesses dispositivos, constituem mediações que favorecem processos de construção de vínculos entre os sujeitos e o conhecimento, implicando de modo específico os saberes e fazeres do bibliotecário, na contemporaneidade.
Conclusões: A noção de pesquisa significativa faz frente a situações em que crianças e jovens realizam buscas esvaziadas de sentido, restituindo ao ato de conhecer seu papel de ação sobre o mundo material e imaterial, objetivo e subjetivo, forma ativa e necessária à apropriação de informação, de sentidos, à construção de identidades. Trata-se de mudança paradigmática que envolve a redefinição de dispositivos informacionais educativos, tais como bibliotecas escolares e públicas (especialmente), tanto quanto o papel do bibliotecário, em contextos educativos.
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