O trabalho com monumentos como possibilidade de resistência aos processos de invisibilização de grupos sociais
DOI:
https://doi.org/10.5433/2238-3018.2021v27n2p51Palavras-chave:
Educação Patrimonial, Educação Histórica, História LocalResumo
Os monumentos de uma cidade são fontes históricas que podem se tornar evidências ao serem interrogados a partir de questões que possibilitam refletir sobre diversos elementos constitutivos das sociedades que os construíram. Relações entre grupos sociais, estratégias de invisibilização e de visibilização e as desigualdades entre homens e mulheres vivenciadas nos diversos passados e também no presente são materializadas nos espaços da cidade, revelando como tudo o que uma sociedade produz está eivado de seus valores, concepções e crenças. Tendo isso em vista, este artigo tem o objetivo de apresentar e discutir as potencialidades de uma proposta de trabalho com o patrimônio material local, na perspectiva da Educação Histórica, a partir do levantamento dos monumentos localizados na cidade de Belo Horizonte /MG. Considera-se que discutir a Educação Patrimonial por meio do trabalho com os monumentos de uma cidade, na perspectiva da Educação Histórica, pode promover a identificação de mecanismos de invisibilidade de grupos sociais no passado e no presente, além de possibilitar o desenvolvimento de estratégias de resistência a mecanismos de invisibilização de grupos que foram e continuam sendo excluídos na e pela sociedade.
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