A violência discutida na Educação Básica: o Malleus Maleficarum como documento histórico
DOI:
https://doi.org/10.5433/2238-3018.2013v19n1p247Palavras-chave:
Ensino de História, Malleus Maleficarum, Violência, InquisiçãoResumo
Pretendemos, neste trabalho, propor a utilização da obra Malleus Maleficarum nas aulas de História na Educação Básica. Entendemos os conceitos de utilização e documento histórico como uma tentativa de aproximar os alunos do fazer historiográfico, do trabalho do historiador, tendo em mente as diversas possibilidades que esta prática nos oferece. Dessa forma, o contato com o documento, no caso deste trabalho o Malleus Malleficarum, escrito por inquisidores em 1484, torna possível a abordagem de diversas temáticas, como a Inquisição e a violência aplicada contra as mulheres neste período; a construção do imaginário e das representações sociais sobre o corpo feminino e sobre a mulher; e também a perseguição religiosa criada e estimulada pela intolerância e desvalorização do outro. Traçamos, neste trabalho, breves discussões sobre as mudanças ocorridas no Ensino de História e que nos dá espaço para este tipo de trabalho documental, assim como apresentamos as possibilidades e as abordagens possíveis da obra em questão, o Malleus Maleficarum.
Downloads
Referências
CARVALHO, S. de. Revisita à desconstrução do modelo jurídico inquisitorial. Revista da Faculdade de Direito da UFPR, Curitiba, v. 42, n. 0, p. 35-56, abril 2013.
FOUCAULT, M. A arqueologia do saber. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1987.
FOUCAULT, M.Vigiar e Punir. Petrópolis: Editora Gallimard, 1975. GINZBURG, C. Mitos, emblemas, sinais: morfologia e história. São Paulo: Companhia das Letras, 1990.
FOUCAULT, M.O inquisidor como antropólogo. Revista Brasileira de História, São Paulo, v. 01, n. 21, p. 9-20, set./fev. 1990-1991.
GONÇALVES, B. G. de O. O mal da bruxaria. XXVI Simpósio Nacional de História, 2011, São Paulo. Anais do XXVI Simpósio Nacional de História. v. 1. São Paulo, 2011 São Paulo, julho 2011. p. 1-17.
GONÇALVES, F. de S. O clericalismo na literatura: a cópula do feminino e o diabólico, um vislumbre da imagem precursora da bruxa em A demanda do Santo Graal. Revista Veredas da História, Rio de Janeiro, v. 2, n. 1, p. 1-25, jan./fev. 2009.
KRAMER, H. SPRENGER, J. Malleus Malleficarum: O martelo das feiticeiras. Rio de Janeiro: Editora Rosa dos Tempos, 1995.
LE GOFF, J. A História Nova. São Paulo: Martins Fontes, 2005.
MICHELS, A. Histeria e feminilidade. Revista Ágora. Rio de Janeiro, v. 4 n. 1, p. 33-51, jan./jun. 2001.
PAIVA. M. de. Crime e Castigo: as civilizadas práticas jurídicas de uma Idade Moderna. Revista Acervo. Rio de Janeiro, v. 15, n. 1, p. 79-94, jan./jun. 2002.
PEREIRA, N. M. SEFFNER. O que pode o Ensino de História? Sobre o uso de fontes na sala de aula. Revista Anos 90. Porto Alegre, vol. 15, n. 28, p. 113- 128, dez. 2008
PIMENTEL, H. U. Demonologia, bruxas e estereótipos. Revista Trilhas da História. Três Lagoas, v.1, n. 2, p. 33-54, jan/jun, 2012.
SÁ-SILVA, J. R. ALMEIDA, C. D. GUINDANI, J. F. Pesquisa Documental: pistas teóricas e metodológicas. Revista Brasileira de História & Ciências Sociais. Rio Grande do Sul, Ano 1, n. 1, p. 1-15, jul 2009.
VARGAS, S. P. Inquisição na Espanha: desde o antijudaísmo na Antiguidade à perseguição dos conversos na Idade Moderna. Revista Historiador Especial. Porto Alegre, Ano 3, n. 1, p. 161-178, julho 2010.
ZORDAN, P. B. M. B. G. Bruxas: figuras de poder. Revista Estudos Feministas. Rio Grande do Sul, v. 3, n. 2, p. 331- 341, maio/ago. 2005.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
História & Ensino adota a licença CC-BY esta licença permite que os reutilizadores distribuam, remixem, adaptem e criem a partir do material em qualquer meio ou formato, desde que a atribuição seja dada ao criador. A licença permite o uso comercial.